As ações da HRT e da Oi acumularam fortes ganhos na Bolsa nesta semana (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 16h39.
São Paulo - O Ibovespa encerrou a semana em queda acumulada de 0,49% aos 48.775 pontos. O dólar fechou a semana em alta de 0,56%. A moeda americana foi impactada pelo Banco Central Europeu, que anunciou que comprará 60 bilhões de euros ao mês em títulos para estimular a economia local e combater a ameaça de deflação.
Disparou
As ações preferências da Oi fecharam a semana em alta de 41%. O bom desempenho dos papéis se deve a venda dos ativos portugueses da Oi ao grupo francês Altice, por 7,4 bilhões de euros. O acordo de venda deve permitir à Oi a reduzir sua dívida e participar ativamente de um eventual processo de consolidação do mercado brasileiro, o que deve beneficiar a Portugal Telecom SGPS, principal acionista da Oi, no longo prazo.
Reestruturação
As ações preferências da GOL fecharam a semana com queda de 7,9%. A companhia anunciou uma grande reestruturação acionária como forma de emitir mais ações sem reduzir a fatia do controlador na companhia. A empresa pretende desdobrar cada ação com direito a voto (ordinárias) em 35 novas ações, o que aumentará o número de ações do controlador.
Alta forte
A HRT (PetroRio) anunciou a aquisição de 80% dos campos de Bijupirá e Salema da Shell, na Bacia de Campos, e do navio FPSO Fluminense, utilizado para a produção de petróleo na área. O negócio triplicará a produção diária da HRT, para 30 mil barris de petróleo. A notícia animou o mercado. Nesta semana, as ações da companhia acumularam alta em 95%.
No escuro
O apagão que durou cerca de uma hora em alguns estados brasileiros e no Distrito Federal nesta semana desanimou o investidor do setor elétrico. As ações preferências da Eletrobras acumularam queda de 11% desde a última segunda-feira. Já a Light perdeu 10%, enquanto a queda semanal da Eletropaulo foi de 14%.
Só piorou
As ações da Kroton e da Estácio acumulam perdas de 5% e de 10%, respectivamente, nesta semana. Os papéis, que têm sofrido com as mudanças no Fies, foram impactos pelas declarações feitas pelo ministro da Educação, Cid Gomes. O ministro afirmou que o governo exigirá mais rigor das universidades em relação ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e que não vai "iludir" jovens a fazer faculdades ruins.