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1. As gigantes da bolsa
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1/11 (Raul Júnior/VOCÊ S/A)
São Paulo - O ano do mercado de capitais nacional terminou com mais um recorde: as empresas de capital aberto brasileiras conquistaram o maior valor de mercado de sua história em 2010; juntas, chegaram à cifra de 1,503 trilhão de reais na BM&FBovespa, mostra pesquisa da consultoria Economática. O valor ultrapassou o atingido em outubro passado, quando o valor das empresas chegou a 1,464 trilhão de reais. De acordo com a pesquisa, as dez empresas brasileiras com maior valor de mercado são responsáveis por 56,4% dessa soma, equivalente a 848,2 bilhões de dólares.
A bolsa também atingiu o maior volume financeiro e a menor volatilidade da historia – o volume negociado chegou a 1,4 trilhão de reais a volatilidade foi a menor registrada em 29 anos. O menor ponto atingido foi no dia 17 de novembro com 20,25 pontos. A média ficou perto de 20 pontos. Ou seja, quanto maior o índice pior o nível de incerteza do comportamento do ativo analisado. Em 2009, o índice ficou perto dos 50 pontos. Mas nem todos os ângulos revelam conquistas. A bolsa nacional teve o pior desempenho entre seus pares da América Latina, e fechou o ano com o seu principal índice quase no vermelho, em alta de 1%, muito atrás da valorização de 65% conquistada pela bolsa de Peru, campeã da região. Foi também o ano da segunda menor rentabilidade do Governo Lula: 0,53%, menor apenas que 2008, o ano da crise financeira, que teve queda de 41,2%. Conheça, nas próximas páginas, a lista das maiores da bolsa nacional. O ranking é calculado desconsiderando as ações em tesouraria e as empresas holding.
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2. 1- Petrobras
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2/11 (Germano Luders)
A estatal manteve-se dona do maior valor de mercado entre as empresa brasileiras e latino-americanas, estimado em 228,2 bilhões de dólares. Foi da Petrobras ainda a posição decisiva para o vigor apresentado pelo mercado nacional durante o ano, marcado pela histórica emissão de ações em sua capitalização para a exploração do pré-sal, a maior em todos os tempos do mercados de capitais. O preço pago pelas incertezas geradas pela dimensão dos negócios foi alto: o mercado reagiu com desconfiança e as ações da companhia terminaram o ano no vermelho: os papéis ordinários (PETR3) terminaram o ano recuando 26,27%, enquanto os preferenciais (PETR4) terminaram desvalorizados em 26,02%.
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3. 2 - Vale
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3/11 (Dario Zalis/AGÊNCIA VALE)
O segundo lugar de 166,2 bilhões de dólares tem efeito de liderança para a mineradora, que terminou o ano dona da ação mais importante da BM&FBovespa – a VALE5 desbancou a PETR4 como ação de maior peso do índice em agosto, pela primeira vez desde 2006. O ano marcou ainda a alta de preços do minério de ferro, embolsada pela líder de mercado nacional. A mineradora registrou um lucro líquido de 10,6 bilhões de reais no terceiro trimestre, o melhor da sua história, com recordes em receita operacional bruta, margem operacional, lucro líquido e geração de caixa. As ações ordinárias (VALE3) da companhia fecharam o ano em alta de 14,17%, e os papéis preferenciais (VALE5), em alta de 18,32%.
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4. 3 - Itaú Unibanco
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4/11
A vida após integração resultou em crescimento para o Itaú-Unibanco, que teve valor de mercado avaliado em 96,4 bilhões de dólares. A migração gerou o maior banco privado do país, pronto para colher os benefícios do crescimento do crédito no setor bancário. Para 2011 próximo ano, mesmo com as medidas tomadas pelo governo em dezembro, como aumento do compulsório e do requerimento de capital para o crédito à pessoa física, a expectativa do mercado é de um pronunciamento maior da captura de sinergias decorrentes da fusão. As ações preferenciais (ITUB4) fecharam 2010 em alta de (2,32%), enquanto as ordinárias (ITUB3) se valorizaram 4,69%.
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5. 4- AmBev
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5/11 (Alaor Filho)
A fabricante de bebidas encerrou o ano conquistando a segunda maior valorização do Ibovespa no período, com ações preferenciais em alta de 50,86%, versus 1% do índice. Apoiada na força do consumo, a companhia viu sua receita líquida com a venda de cerveja no Brasil avançar 20,3% nos primeiros nove meses do ano passado, comparados com o mesmo período de 2009. A participação de mercado da AmBev em cervejas no Brasil cresceu de 69,4% para 71,1% em durante o ano. Nada mal diante de fortes investimentos de concorrentes em novas marcas no segmento, como a Devassa, da Schincariol.
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6. 5 - Bradesco
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6/11 (Germano Luders/EXAME)
Avaliada em 67 bilhões de dólares, o ano também foi de recordes para a instituição financeira. O segundo maior banco privado do Brasil obteve seu melhor lucro líquido histórico no terceiro trimestre do ano passado, captando 2,52 bilhões, valor 39,5% superior ao do mesmo período de 2009. As ações terminaram o período valorizadas: 4,13% para o papel ordinário (BBDC3) e 9,75% para o preferencial (BBDC4) durante os últimos doze meses.
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7. 6- Banco do Brasil
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7/11 (Divulgação/Banco do Brasil)
Colhendo os frutos da forte expansão do crédito e do bom momento macroeconômico, o banco encerrou o ano com valor de mercado de 53,9 bilhões de dólares. O calendário da companhia foi marcado pela oferta pública de ações em julho, com captação de 9,7 bilhões de reais e emissão de 396 milhões de ações ordinárias. A oferta de grande dimensão pressionou os papéis ao longo do ano, que acabaram valorizados em 13,68%, após fechar o primeiro semestre em alta de 23%.
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8. 7 - Santander
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8/11 (EXAME.com)
O banco espanhol ganhou terminou 2010 com uma etiqueta de 51,9 bilhões de dólares em seu valor de mercado. Os balanços contábeis positivos ao longo do ano mostraram os ganhos com as taxas bancárias cobradas, queda do percentual inadimplente da carteira de crédito e o crescimento do volume de empréstimos no mercado brasileiro. Foi o Brasil, inclusive, o maior contribuinte para os ganhos do Santander entre janeiro e setembro, fornecendo 25% dos 5,464 bilhões de reais captados no período. Suas units (SANB11) terminaram o ano em baixa de 1,29%.
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9. 8 - OGX
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9/11 (Fernando Cavalcanti)
O braço petrolífero do grupo EBX, comandado por Eike Batista, terminou o ano alcançando 38,8 bilhões de dólares em valor de mercado. Foi a vez da maior exploradora privada de petróleo do Brasil provar para o mercado sua posição como opção de investimento em petróleo, com as descobertas seguidas da Bacia de Campos funcionando como gatilhos para as ações. O recado foi entendido pelos investidores, que levaram a ação preferencial (OGXP3) à alta de 14,37%.
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10. 9 - Itaúsa
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10/11 (Alexandre Battibugli/INFO)
Estimada em 35,9 bilhões de dólares, a controladora do Itaú-Unibanco permaneceu forte na área de serviços financeiros, garantindo também resultados positivos com a exposição às subsidiárias Duratex, Itautec e Eleikeiroz. O terceiro trimestre trouxe resultados otimistas para a holding, com lucro líquido de 1,155 bilhão de reais, 20,4% acima do visto em 2009. As ações preferenciais terminaram o ano em alta de 11,42%, enquanto as ordinárias avançaram 6,63% nos últimos 12 meses.
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11. 10 - CSN
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11/11 (Alexandre SantAnna/Veja Rio)
A siderúrgica ocupa o último lugar do top 10 com 23,3 bilhões de dólares em valor de mercado. O ano foi de relativa estabilidade para a companhia, que segurou bem as oscilações de preço com seu portfólio equilibrado entre minério de ferro e aço, apesar de alguns tombos mais pronunciados, como a queda de 37% em seu lucro líquido no terceiro trimestre para 720 milhões. As ações ordinárias (CSNA3) terminaram o ano em alta de 2,87%.