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Vale prevê recuperação do níquel, mas IPO segue indefinido

A mineradora acredita em uma recuperação dos preços do níquel no segundo semestre, mas IPO de unidade de metais básicos segue indefinida


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 (Divulgação/Vale)

Sede da Vale (Divulgação/Vale)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 18h00.

Rio de Janeiro - A mineradora Vale acredita em uma recuperação dos preços do níquel no segundo semestre do ano, mas a possível listagem de uma fatia da unidade de metais básicos da companhia permanece indefinida, afirmou nesta quinta-feira o presidente da mineradora, Murilo Ferreira.

"Nós não enxergamos, até o momento, nenhuma modificação nos conceitos que nos faziam esperar um preço de níquel melhor neste ano", disse Ferreira a jornalistas, explicando que a China está entrando em um déficit importante e vai precisar de níquel refinado no segundo semestre.

Ferreira admitiu, no entanto, que o preço médio para o níquel em 2015 será inferior ao previsto anteriormente, já que níveis de estoques mostraram que premissa não estava correta.

"Nós continuamos desenvolvendo tarefas relativas ao IPO (oferta pública inicial), mas não existe nenhuma decisão tomada", afirmou Ferreira.

Uma recuperação do preço do nível é fator importante para a decisão sobre o IPO. "Precisamos estar preparados para o momento adequado, essa operação não seria para fazer caixa, seria para destravar (adicionar) valor."

Recentemente, um executivo da Vale afirmou que a mineradora considerava oferta pública de ações de 25 por cento a 30 por cento de sua divisão de metais básicos.

FIM PRÓXIMO DA VENDA DE ATIVOS

O presidente afirmou ainda que o plano de desinvestimentos da companhia está muito perto da sua conclusão, após ter anunciado uma transação de 4 bilhões de reais nesta quinta-feira.

Segundo Ferreira, a partir do segundo semestre do ano que vem, a empresa já terá recursos oriundos das vendas de minério de ferro do S11D, o maior projeto da mineradora.

Os desinvestimentos anunciados recentemente contribuíram, segundo Ferreira, para cobrir grande parte do déficit no fluxo de caixa livre da empresa. Entretanto, acrescentou ainda não poder afirmar que a questão do déficit está completamente resolvida "por não saber do comportamento de preços futuros".

Outros desinvestimentos podem ser anunciados em breve, afirmou Ferreira. Podem ocorrer novas vendas de navios, assim como outras vendas de fatias em ativos.

"Temos interesse em desinvestir nossa participação na Mineração Rio do Norte (MRN), produtora de bauxita, examinamos a possibilidade de reduzir nossa participar MRS, empresa de logística, e podemos desenvolver outras alternativas", afirmou.

O executivo disse ainda que não há nada para anunciar sobre a busca da companhia por um parceiro estratégico na área de fertilizantes que, segundo ele, está caminhando mais lentamente do que o esperado. A empresa tem um grande projeção de potássio na Argentina que está suspenso.

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