Mina da Vale nos arredores de Tete, Moçambique: divisão que pode ser introduzida na Bolsa reúne, em particular, as atividades da Vale no níquel e no cobre (Gianluigi Guercia/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 09h09.
Nova York - O grupo brasileiro Vale avaliava uma introdução na Bolsa de suas atividades com metais não ferrosos, indicou seu diretor-geral, Murilo Ferreira, durante uma apresentação aos investidores americanos.
A operação envolveria uma porção minoritária do capital desta filial, acrescentou Ferreira, cuja apresentação de terça-feira está disponível no site da empresa.
A divisão que pode ser introduzida na Bolsa reúne, em particular, as atividades da Vale no níquel e no cobre.
A produção destes dois metais garantida pelo gigante brasileiro está em constante alta: está previsto que a do níquel passe de 260.000 toneladas em 2013 a 316.000 toneladas em 2016 e a do cobre de 370.000 toneladas no ano passado a 450.000 toneladas em 2016.
Este setor apresentou em 2013 um resultado bruto de exploração (Ebitda) de 1,6 bilhão de dólares e deve alcançar 2,5 bilhões de dólares neste ano e 4-6 bilhões em 2015, após o lançamento de vários projetos.
Segundo as palavras de Ferreira publicadas pelo jornal Financial Times, a Vale pode vender entre 30% e 40% do capital de sua filial, da qual acredita poder obter 35 bilhões de dólares.
A nova empresa provavelmente será cotada no Canadá, onde a Vale possui grandes jazidas de níquel, e a Oferta Pública Inicial de Ações (IPI) é esperada para depois de agosto de 2015.
A Vale, primeira produtora mundial de minério de ferro, também extrai carvão e minerais usados como fertilizantes (potássio e fosfato).
Mas diante de um déficit importante e de uma conjuntura mais delicada, a Vale anunciou na terça-feira uma nova redução de seus investimentos, a 10,1 bilhões de dólares para 2015.