Bank of America rebaixou a recomendação para as ações da Usiminas de neutra para desempenho abaixo da média de mercado (underperform) (Kiko Ferrite)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 16h25.
São Paulo – Custos mais altos, margens mais baixas. Este pode ser considerado o ponto franco dos números referentes ao quarto trimestre de 2010 da Usiminas (USIM3) (USIM5), que decepcionaram o HSBC. O analista Jonathan Brandt lembra que as margens brutas atingiram 6,5%, ficando abaixo de suas projeções, que estavam em 12,2%. “O controle de custos nas duas divisões da Usiminas, siderurgia e mineração, foi decepcionante. A margem Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de siderurgia, por exemplo, atingiu 4% e as margens brutas negativas nessa divisão também ficaram bem abaixo do que esperávamos”, afirma.
Ele explica que o desempenho abaixo do esperado foi motivado pelo fechamento de um mês em uma de suas siderúrgicas, maiores custos de mão de obra e preços mais altos de matérias-primas. Mesmo assim, o relatório reitera a classificação de alocação acima da média de mercado (overweight) para as ações da companhia, com preço-alvo (dez/11) de 24,50 reais para as ações preferenciais de classe A e de 28 reais para as ordinárias.
O Bank of America rebaixou a recomendação para as ações da segunda maior do siderúrgica do Brasil, de neutra para desempenho abaixo da média de mercado (underperform). O banco justificou a mudança citando que os resultados foram “muito fracos” no período. “A Usiminas mostra falta de eficiência em custos com os preços domésticos ficando atrás dos níveis internacionais em meio à alta de importações, afirmou o relatório obtido pela Bloomberg.
As ações preferenciais da Usiminas estão entre as que mais caem dentro do Ibovespa no pregão desta quinta-feira (24).