Apesar da queda no preço-alvo, recomendação de compra foi mantida pela analista Cristiane Viana (Kiko Ferrite/EXAME)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2011 às 12h04.
São Paulo – A Ágora Corretora rebaixou hoje as projeções para a siderúrgica Usiminas (USIM3; USIM5), a fim de incorporar em sua análise novas premissas macroeconômicas, além do aumento nos preços do minério de ferro e do carvão que, por sua vez, estão elevando as pressões nos custos de produção, afetando a rentabilidade operacional da companhia.
A analista Cristiane Viana reduziu o preço-alvo para as ações preferenciais (USIM5) de 29 reais para 18 reais até o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 33,92% frente à cotação de 13,44 reais vista no fechamento do pregão de sexta-feira (8).
Para os papéis ordinários (USIM3), o novo preço-alvo é de 21 reais, o que representa um potencial de queda de 5,53% ante a cotação registrada no último pregão (22,23 reais).
A recomendação é de compra para Usiminas, principalmente por conta do potencial de alta consistente para as ações preferenciais da siderúrgica até o final do ano, considerando “uma visão de retorno a médio e longo prazo”, destaca a analista em relatório. “O curto prazo ainda inspira volatilidade”, completa.
Os papéis preferenciais da Usiminas são negociados com um múltiplo de 5,7 vezes o valor da empresa sobre a geração de caixa (EV/EBITDA) projetado para 2012, superior em relação a seus pares nacionais, aponta a Ágora.
A Ágora considerou um avanço de 18% no preço do minério de ferro e uma alta de 25% no preço do carvão, previstos para ocorrerem ao longo do segundo e terceiro trimestres do ano.
“É importante ressaltar ainda o esforço intenso da Usiminas em reduzir custos de produção, com intuito de recuperação de rentabilidade operacional. Destacamos também o aumento da produção de minério de ferro nos próximos anos, o que contribuirá para o crescimento do faturamento e a redução dos custos de produção”, prevê Cristiane.
A Ágora Corretora estima que a Usiminas feche 2011 com um lucro líquido de 491,5 milhões de reais, além de receita líquida de 13,636 bilhões de reais. Já para 2012, a projeção é de lucro líquido de 1,456 bilhão de reais e receita líquida de 17,136 bilhões de reais.