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UBS recomenda que investidores vendam ações brasileiras

Geoffrey Dennis reiterou a recomendação de que permaneçam com posições "underweight" no Brasil, uma vez que os ganhos da bolsa neste ano parecem exagerados


	UBS: ações brasileiras estão sendo negociadas a uma relação de 11,2 vezes os lucros estimados por ação
 (Gianluca Colla/Bloomberg)

UBS: ações brasileiras estão sendo negociadas a uma relação de 11,2 vezes os lucros estimados por ação (Gianluca Colla/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 12h26.

São Paulo- O estrategista Geoffrey Dennis, da UBS Securities, recomendou nesta terça-feira que clientes vendam ações brasileiras e reiterou a recomendação de que permaneçam com posições "underweight" (abaixo da média do mercado) no Brasil, uma vez que os ganhos da bolsa neste ano parecem exagerados.

Em nota a clientes, Dennis estimou que as ações brasileiras estão sendo negociadas a uma relação de 11,2 vezes os lucros estimados por ação, em linha com outros mercados emergentes, mas com um prêmio de 33 por cento em relação à média recente de 8,5 vezes.

"Como um investidor disse para nós há muitas semanas, a única questão sobre as ações brasileiras é 'quando vender'. Até o momento, a resposta certa havia sido 'ainda não'", escreveu Dennis. "Com esse relatório, afirmamos que a resposta é 'agora'".

As condições globais benignas e a especulação sobre potenciais mudanças na política econômica brasileira após a eleição presidencial de outubro foram catalisadoras do rali na bolsa, acrescentou Dennis. Contudo, os mandatos de reformas estruturais podem ser fracos, disse, especialmente uma mudança de política sobre o papel de empresas estatais no Brasil.

"A eleição é um evento binário e agora está muito próxima para recomendações. O típico salto no terceiro trimestre -baseado principalmente em tempo de propaganda televisivo- precisa ser equilibrado com o risco de novos dados macroeconômicos fracos", afirmou.

Dois outros fatores sugerem cautela no curto-prazo: o risco de uma correção nos mercados acionários globais e possíveis rendimentos mais altos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos e do dólar mais tarde neste ano.

O UBS espera que o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerre o ano a 55 mil pontos e que o dólar fique a 2,45 reais.

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