UBS tem peneirado os clientes do Credit Suisse e seus ativos desde que fechou a aquisição de emergência do rival (Matthew Lloyd/Bloomberg)
Agência de notícias
Publicado em 7 de novembro de 2023 às 12h36.
Última atualização em 7 de novembro de 2023 às 13h21.
O UBS decidiu se livrar de US$ 5 bilhões de recursos sob gestão de clientes ricos, como parte do processo de segregar as partes do negócio do Credit Suisse que não quer.
O gigante financeiro suíço transferiu os ativos da divisão de gestão de fortunas para a unidade criada para se desfazer de ativos indesejados do Credit Suisse no terceiro trimestre, segundo seu relatório trimestral de resultados publicado nesta terça-feira.
Além disso, US$ 30 bilhões de recursos da unidade de gestão de patrimônio foram reclassificados como “relacionados a relações não estratégicas”.
O UBS tem peneirado os clientes do Credit Suisse e seus ativos desde que fechou a aquisição de emergência do rival em junho, para garantir que os negócios adquiridos estejam em conformidade com sua abordagem de risco mais conservadora. O credor já disse que planeja reduzir a operação de banco de investimento do Credit Suisse e submeter seus executivos a um “filtro cultural” para eliminar práticas indesejáveis.
Os recursos transferidos para fora da unidade de gestão de patrimônio no terceiro trimestre contribuíram para uma queda de 3% nos ativos geridos pela divisão, disse o UBS. O credor também disse que estabilizou o negócio de gestão de patrimônio do Credit Suisse e que a unidade registrou os primeiros fluxos positivos de clientes em um ano e meio.
A recém-criada unidade para segregar os ativos indesejados teve prejuízo antes de impostos de US$ 1,93 bilhão no trimestre, ante US$ 478 milhões no período anterior. Isso levou o UBS ao seu primeiro prejuízo trimestral em quase seis anos.
O credor suíço disse que reduzirá os ativos ponderados por risco da unidade para US$ 39 bilhões até o final de 2026, o que representaria uma redução de quase metade em relação ao nível do final do último trimestre.