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Twitter (TWTR34) fecha escritórios e funcionários trabalharão de home office para sempre

A rede social informou que cortará escritórios nos EUA e em vários países, mas não vai realizar demissões de funcionários

Twitter (TWTR34) (Jaap Arriens/NurPhoto/Getty Images)

Twitter (TWTR34) (Jaap Arriens/NurPhoto/Getty Images)

O Twitter (TWTR34) anunciou nesta quarta-feira, 27, que decidiu fechar seus escritórios em várias cidades americanas e europeias e seus funcionários trabalharão de home office para tempo indeterminado.

O Twitter anunciou em um email para os funcionários que reduzirá significativamente sua presença nos escritórios de Nova York, Sydney, e São Francisco, além de abandonar o projeto de abrir uma sede em Oakland.

Os escritórios de

  • Seul,
  • Wellington,
  • Osaka,
  • Madri,
  • Hamburgo,
  • Tóquio,
  • Mumbai,
  • Nova Délhi,
  • Dublin.
  • Utrecht.

também poderiam ser fechados logo após do vencimento dos contratos de aluguel.

A rede social avisou que pretende remodelar significativamente sua presença em escritórios físicos para cortar custos, pensando também na alta do preço da energia, apostando definitivamente no home office.

O Twitter já havia anunciado em 2020 que os funcionários poderiam trabalhar de casa para sempre.

Todavia, no email o Twitter salientou que essa redução dos escritórios não se transformará em demissões de funcionários.

"Quero esclarecer que isso não muda nosso compromisso em cada um desses mercados", escreveu Dalana Brand, diretora de recursos humanos do Twitter.

"Se mesmo alguns escritórios fechassem, não haveria impacto na ocupação dos Tweeps (como são chamados os funcionários do Twitter, ndr); eles simplesmente se tornariam funcionários em tempo integral da WFH (sigla que indica os trabalhadores de home office, ndr)”, escreveu a executiva no email.

O Twitter não é a única grande empresa de tecnologia que decidiu este ano começar a cortar custos reduzindo espaço ou revisando sua estratégia imobiliária

A Amazon também interrompeu a construção de cinco novos edifícios para escritórios em Washington e de um sexto no Tennessee.

A Salesforce sublocou metade de seus escritórios em seu arranha-céu em São Francisco. Enquanto a Meta, holding que controla Facebook, Instagram e Whatsapp, cancelou recentemente os planos de adquirir mais 300 mil metros quadrados de escritórios em Nova York.

Defesa dos funcionários do Twitter (TWTR34) após "ataque" de Elon Musk

Esse esclarecimento sobre a manutenção dos empregos chega após as declarações de Elon Musk, que tinha proposto cortes radicais de funcionários para relançar o Twitter.

A rede social está processando o CEO da Tesla após o anúncio que a proposta de compra do Twitter por US$ 44 bilhões não será levada adiante.

A previsão é que o processo ocorra no dia 10 de outubro, conforme pedido pelos advogados do Twitter.

A decisão de conceder home office permanente para seus funcionários também vai na contramão do que o Musk está prezando.

No começo de junho o CEO da Tesla declarou que o trabalho remoto "já não era mais aceitável".

"Qualquer pessoa que deseje fazer trabalho remoto deve estar no escritório por um mínimo (e quero dizer *mínimo*) de 40 horas por semana ou deixar a Tesla. Isso é menos do que pedimos aos trabalhadores da fábrica", escreveu Musk em um email para os funcionários.

Anúncio chega após resultados do segundo trimestre de 2022

O anúncio do Twitter sobre o corte dos escritórios chegou após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2022, onde o Twitter reverteu o lucro líquido de US$ 65,64 milhões registrado entre abril e junho de 2021 e registrou um prejuízo de US$ 270,00 milhões.

No semestre, entretanto, a rede social conseguiu obter um lucro de US$ 243,27 milhões, contra os US$ 133,6 milhões registrados entre janeiro e junho 2021.

A receita caiu 1% na comparação anual, passando de US$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2021 para US$ 1,18 no primeiro trimestre de 2021.

A empresa salientou que a queda de receita foi provocada pelos "ventos contrários da indústria de publicidade ligados ao ambiente macroeconômico desafiador mais amplo", bem como “incerteza relacionada à aquisição pendente do Twitter por uma controlada de Elon Musk”.

No início de maio, o Twitter anunciou um congelamento de contratações, e o CEO, Parag Agrawal, também anunciou uma redução nas despesas de marketing e viagens corporativas, pedindo aos funcionários que fossem mais cautelosos em seus gastos.

Um evento corporativo programado para o início de 2023 na Disney também foi cancelado.

As ações do Twitter perderam 43% de seu valor nos últimos 12 meses, passando de uma cotação de cerca de US$ 70 para US$ 39,85.

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