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Trump e Banco Central Europeu levam (algum) otimismo aos investidores

Adiamento de tarifas sobre 250 bilhões de dólares em produtos chineses e definição sobre taxa de juros na Europa são destaque nesta quinta-feira

Maria Draghi: presidente do Banco Central Europeu deixa o cargo no fim de outubro (Bloomberg/Getty Images)

Maria Draghi: presidente do Banco Central Europeu deixa o cargo no fim de outubro (Bloomberg/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2019 às 06h35.

Última atualização em 12 de setembro de 2019 às 07h03.

A quinta-feira deve ser um raro dia de otimismo nas bolsas internacionais puxado por notícias vindas dos dois lados do Atlântico. A primeira boa nova já está dada, e tem, mais uma vez, a ver com desdobramentos da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou na noite de ontem que adiará para 15 de outubro uma sobretaxa de 30% sobre 250 bilhões de dólares em importações de produtos chineses prevista para entrar em vigor no dia primeiro. Segundo ele, é um gesto de boa vontade feito após pedido do vice-premier chinês Liu He, uma vez que dia primeiro marca o aniversário de 70 anos de fundação da República Popular da China.

Os dois países estão em negociação para um encontro ainda em outubro, em Washington, para tratar das tarifas. No dia primeiro de setembro entrou em vigor uma alta de impostos sobre 111 bilhões de dólares em produtos chineses, incluindo bens de consumo. Outra está prevista para 15 de dezembro.

A notícia levou alguns dos principais índices asiáticos à maior cotação em seis meses — o índice MSCI Ásia-Pacífico (que exclui o Japão) subiu 0,5%; Tóquio subiu 0,75%; Xangai avançou 0,75%. Índices futuros dos Estados Unidos subiam 0,38% no início da manhã. O início do dia de negociações das bolsas europeias também foi de otimismo, com avanço de 0,65% no índice Euro Stoxx 50 e nas bolsas de Londres e Frankfurt.

Na Europa as atenções estão concentradas sobretudo na segunda grande notícia do dia, esta ainda por ser revelada. O Banco Central Europeu anuncia às 8h45 (de Brasília) a nova taxa de juros para o bloco, e é esperado um corte que estimule a economia claudicante em meio a incertezas como o Brexit e uma possível recessão a caminho na maior economia do bloco, a Alemanha. A taxa de depósitos do banco já é negativa, de -0,4%, mas deve cair ainda mais, numa tentativa de injetar dinheiro na economia real.

Às 9h30 (horário de Brasília), o presidente da instituição, Mario Draghi fará um pronunciamento e há grande expectativa pelo anúncio de um pacote de estímulos à economia. É o penúltimo ato de Draghi à frente da instituição que comanda há oito anos, uma vez que no fim de outubro ele passa o bastão para Christine Lagarde.

A confirmação do corte europeu tende a impulsionar ainda mais o Ibovespa, que ontem fechou no maior valor desde 13 de agosto, em 103.445 pontos, puxado por boas notícias no varejo brasileiro.

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