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Troca das debêntures da Marfrig não constitui favorecimento

BNDES disse que operação observou todos os ritos internos de aprovação no banco e não constituiu nenhum tipo de favorecimento

Funcionários processam gado abatido no abatedouro do Grupo Marfrig, em Promissão (Paulo Whitaker/Reuters)

Funcionários processam gado abatido no abatedouro do Grupo Marfrig, em Promissão (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 20h38.

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disse nesta segunda-feira que a operação de troca de debêntures anunciada pela Marfrig observou todos os ritos internos de aprovação no banco e não constituiu nenhum tipo de favorecimento, disse a instituição em nota.

Segundo o BNDES, a operação, negociada no âmbito da venda dos ativos da Seara, passou por rigorosa análise técnica e por órgãos colegiados, e que o aumento do prazo para conversão do título dará mais tempo para captura de valor decorrente da implementação da nova estratégia da Marfrig.

Na sexta-feira, a segunda maior empresa do setor de bovinos do país informou que elevou as projeções para 2014, com previsão de um fluxo de caixa livre positivo de até 100 milhões de reais, por conta da troca de dívida velha por nova que irá alterar o cronograma de pagamento de juros.

A Marfrig fará uma emissão de 2,150 bilhões de reais em debêntures conversíveis em ações para resgate de debêntures antigas, em uma colocação privada.

Com a emissão de debêntures mandatoriamente conversíveis em ações, com prazo de vencimento de três anos, a Marfrig pretende resgatar os títulos da segunda emissão.

O BNDESPar, unidade de participações do BNDES, detém mais de 99 por cento destas debêntures e se comprometeu a migrar a totalidade das debêntures da segunda emissão que hoje detém pelas debêntures da quinta emissão.

Na nota desta sexta-feira, o BNDES também afirmou que houve uma redução de 12,25 por cento no preço mínimo de conversão, de 24,50 reais para 21,50 reais.

Nesta segunda-feira, as ações da companhia subiram 2,52 por cento, a 4,07 reais.

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