Declarações de Tombini podem vir a ser uma prévia do tom que delineará o Relatório Trimestral de Inflação do BC, previsto para a próxima semana (Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2011 às 08h57.
São Paulo - A presença do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em comissão do Senado na manhã desta terça-feira deverá ocupar a atenção de investidores do mercado brasileiro, particularmente os seus comentários relacionados à inflação e a percepção da autoridade monetária sobre o ritmo da demanda em comparação com a oferta.
As declarações de Tombini podem vir a ser uma prévia do tom que delineará o Relatório Trimestral de Inflação da instituição, previsto para a próxima semana. Na véspera, a curva futura de juros local apresentou aumento na inclinação e ainda há divergência no mercado sobre as recentes ações do BC, que ganha hoje mais uma oportunidade para melhorar a relação de confiança com agentes financeiros.
No exterior, as principais praças acionárias sustentavam o viés positivo nesta terça-feira, enquanto o petróleo oscilava ao redor da estabilidade e o dólar recuava frente a moedas como o euro.
Há conflito no noticiário sobre a situação nuclear japonesa, mas as informações sobre alguma estabilização na planta atingida pelo terremoto seguido de tsunami têm prevalecido sobre o humor de investidores, enquanto sinalizações de que os ataques contra a Líbia devem diminuir também ajudam.
O quadro mais "tranquilo", contudo, permanece frágil e a avaliação nos mercados é de que qualquer notícia negativa relacionada ao desatre nuclear no Japão, à violência na Líbia e às inquietações no Oriente Médio pode deflagrar nova onda de aversão a risco global.
Na Ásia, o Nikkei encerrou o dia em Tóquio com acréscimo de 4,36 por cento. O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançava 0,74 por cento às 7h30. O índice da bolsa de Xangai fechou com elevação de 0,34 por cento.
O MSCI para ações globais ganhava 0,64 por cento e para emergentes, 0,53 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 valorizava-se 42 por cento. A mesma direção não era seguida pelo futuro do norte-americano S&P-500, que oscilava praticamente estável.
No segmento cambial, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, recuava 0,13 por cento. O euro apreciava-se 0,14 por cento, a 1,4240 dólar. Ante a divisa japonesa, o dólar chegou a recuar mais cedo, mas passou a trabalhar praticamente estável, a 81,16 ienes.
O petróleo negociado nas operações eletrônicas em Nova York registrava variação negativa de 0,29 por cento, a 102,03 dólares. Em Londres, o Brent cedia 0,29 por cento, a 114,63 dólares.