Tim estreia no Novo Mercado da BM&FBovespa (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2011 às 16h36.
São Paulo – A forte valorização das ações da Tim Participações (TIMP3) nos últimos dias, principalmente por conta do anúncio de que a companhia planejava aderir ao Novo Mercado da BM&FBovespa, limitou o potencial de alta dos papéis da operadora, avalia a Link Investimentos.
Em relatório, a analista Maria Tereza Azevedo estabeleceu o preço-alvo de 10,20 reais até o final de 2011 para as ações ordinárias da companhia, o que representa um potencial de valorização de apenas 9,32% frente à cotação de 9,33 reais vista no fechamento da última sessão. No acumulado do mês, os papéis sobem 0,77%, enquanto no ano a valorização é de 37,95%.
As ações da empresa estrearam hoje no Novo Mercado da BM&FBovespa, segmento de listagem com as mais avançadas práticas de governança corporativa. Desde o anúncio feito no dia 6 de maio até o fechamento do pregão de ontem (2), os papéis da companhia chegaram a se valorizar 6,26%, subindo de 8,78 reais para 9,33 reais.
“Após a forte valorização dos papéis da companhia com o anúncio de migração para o Novo Mercado e a ponderação dos riscos de execução e financeiro”, enfatiza Maria Teresa. Ela atribuiu a recomendação market perform (performance igual à média do mercado) para as ações.
A analista ainda avaliou os resultados apresentados pela empresa no segundo trimestre de 2011. A Tim reportou hoje um lucro líquido de 350 milhões de reais, 178% maior em relação ao mesmo período de 2010. Para Maria Tereza, o resultado “superou o consenso e ficou 107% acima de nossas projeções, principalmente em função de menores impostos”.
Por outro lado, ela alertou que a companhia ainda se encontra em desvantagem por não ser uma empresa integrada, igual a suas concorrentes, onde a Claro está associada a Net e Embratel, enquanto a Vivo está ligada à Telesp.