A primeira-ministra Theresa May: a britânica enfrenta a pressão dos líderes europeus (Jane Barlow/Pool/Reuters)
Rita Azevedo
Publicado em 5 de abril de 2017 às 11h29.
Última atualização em 5 de abril de 2017 às 11h32.
São Paulo — A disputa pelo IPO da estatal petroleira Saudi Aramco, que promete ser o maior da história, ganhou novos capítulos nesta semana. De acordo com o jornal The Times, a primeira-ministra britânica Theresa May, teria se encontrado com Khalid al-Falih, ministro do petróleo da Arábia Saudita e presidente da Aramco, numa tentativa de convencê-lo a escolher a Bolsa de Londres como praça do IPO.
A Aramco pretende listar ações em Riad, capital saudita, e em outra bolsa estrangeira até o final do próximo ano. Na disputa com Londres estão as bolsas de Nova York, Hong Kong, Toronto e Singapura.
Segundo especialistas, a Bolsa de Nova York (Nyse) tem grandes chances de levar a melhor na disputa, devido ao tamanho do mercado de capitais de lá. A existência de regras mais rígidas de transparência na bolsa norte-americana, no entanto, poderia afastar os sauditas, que relutam em abrir muitos dados sobre as reservas de petróleo.
A Aramco é a maior petroleira do mundo, com reservas de cerca de 265 bilhões de barris de petróleo — mais de 15% cento de toda a produção mundial. Alguns analistas estimam que o valor da companhia chegue até 2 trilhões de dólares, que correspondem, segundo o Business Insider, a cerca de dois terços do valor atual da bolsa londrina.