EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 20h36.
Nova York - As bolsas de valores dos Estados Unidos tiveram na terça-feira seu pior dia desde agosto, uma vez que investidores venderam ações em meio à turbulência na Líbia, país exportador de petróleo.
Na visão de profissionais do mercado, o movimento desta sessão pode ser o início de uma correção nos papéis, prevista há muito após um forte rali.
O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 1,44 por cento, para 12.212 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 2,74 por cento, para 2.756 pontos.
O Standard and Poor's 500 perdeu 2,05 por cento, para 1.315 pontos, maior baixa diária desde 11 de agosto.
O salto na volatilidade e o forte volume corroboraram a possibilidade de uma correção maior. O giro combinado de 9,68 bilhões de ações negociadas na Bolsa de Nova York, American Stock Exchange e Nasdaq foi o maior do mês e o segundo mais forte do ano.
O índice de volatilidade da CBOE, o preferido de Wall Street para medir a apreensão do mercado, disparou 26,6 por cento, maior salto diário desde 20 de maio de 2010.
"Tivemos alguns focos de tensão, e isso serviu de argumento para a queda do mercado hoje (terça-feira)", disse Stephen Massocca, diretor geral do Wedbush Morgan, em San Francisco.
Os preços do petróleo se mantiveram perto das máximas em dois anos e meio por temores de que a turbulência na Líbia possa reduzir a oferta no país, integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Setores consumidores de combustíveis estiveram entre os mais golpeados. O índice Dow Jones para o segmento de transportes perdeu 3,8 por cento, com FedEx despencando 5,1 por cento.