Menor receio com a crise japonesa contrastava com os confrontos no mundo árabe, que se intensificaram entre domingo e esta segunda-feira (AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2011 às 14h04.
São Paulo - As praças acionárias globais iniciavam a semana em terreno positivo, refletindo a menor apreensão com a crise nuclear japonesa, enquanto o petróleo subia em meio a temores com o fornecimento após uma série de ataques de forças ocidentais às tropas líbias.
Engenheiros conseguiram conectar cabos de energia a todos os seis reatores do complexo de Fukushima, 240 quilômetros ao norte de Tóquio, e ligaram uma bomba de água em um deles para reverter o superaquecimento que desencadeou a pior crise nuclear mundial em 25 anos.
O índice MSCI de ações mundiais avançava cerca de 1,5 por cento. Já o petróleo ganhava pouco mais de 1 por cento e ajudava na alta de 0,7 por cento no índice CRB de commodities.
O menor receio com a crise japonesa contrastava com os confrontos no mundo árabe, que se intensificaram entre domingo e esta segunda-feira.
Forças ocidentais lançaram uma segunda onda de ataques aéreos sobre a Líbia, que também atingiu as tropas de Muammar Kadafi nas cercanias de Ajdabiyah, cidade estratégica no desolado leste líbio que os rebeldes pretendem retomar e onde seus combatentes disseram necessitar de mais ajuda para enfrentar o inimigo.
Ainda assim, prevalecia o bom humor entre investidores, que monitoravam ainda notícias corporativas. Destaque para a proposta da AT&T pela T-Mobile USA, que criará um novo líder do mercado de telefonia celular nos Estados Unidos.
No Brasil, os agentes aguardam o resultado referente ao quarto trimestre da PDG Realty . Conforme a média de previsões de nove analistas obtidas pela Reuters, a empresa imobiliária com maior valor de mercado no país deve apurar lucro líquido de 214 milhões de reais.
Ainda em âmbito interno, o dólar recuava ante o real, captando o movimento da moeda no exterior. Já as projeções de juros registravam elevação, após o Focus mostrar aumento de 5,82 para 5,88 por cento na perspectiva de inflação para este ano. A projeção para a Selic ficou estável.