Telecom Italia: "Acreditamos que a Telecom Italia provavelmente estará no jogo como resultado desta rodada de fusões e aquisições na Europa antes do ano acabar", afirmou corretora (Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 15h33.
Milão - As ações da Telecom Italia subiam com força nesta sexta-feira em meio a especulações de que a companhia poderá ser o próximo alvo em uma série de operações de fusões no setor de telecomunicações na Europa.
"Acreditamos que a Telecom Italia provavelmente estará no jogo como resultado desta rodada de fusões e aquisições na Europa antes do ano acabar", afirmou a corretora londrina Bernstein em relatório desta sexta-feira.
Fontes afirmaram que o grupo norte-americano Verizon Communications está perto de comprar a fatia que a Vodafone tem na Verizon Wireless enquanto a América Móvil tem seus olhos voltados para a holandesa KPN.
Analistas acreditam que a América Móvil quer comprar o restante da KPN para espremer mais dinheiro da rival Telefónica, que quer adquirir a unidade alemã da KPN, E-Plus.
Um corretor em Milão afirmou que a próxima estratégia da América Móvil poderia estar no Brasil, onde a companhia tem obtido resultados mais lentos com sua operadora de telefonia celular Claro.
"Acreditamos que a América Móvil poderá fazer uma oferta pela TIM Brasil à Telecom Italia que eles não poderão recusar", disse o corretor, que pediu para não ser identificado.
As ações da endividada Telecom Italia têm rondado perto de níveis mínimos por causa da queda das margens de lucro da empresa na Itália e desaceleração no Brasil, onde a empresa compete com a Telefónica, maior acionista do principal grupo investidor da Telecom Italia, a Telco.
A Telecom Italia manteve discussões este ano sobre uma aliança com o grupo Hutchison Whampoa, de Hong Kong, mas as conversas não avançaram.
Na quinta-feira, uma fundação independente incumbida de proteger os interesses dos acionistas da KPN bloqueou a oferta de 7,2 bilhões de euros da América Móvil pelo grupo holandês.
Os investidores da Telco --Telefónica, Mediobanca, Generali e Intesa Sanpaolo-- têm até o final de setembro para dizer se querem sair do grupo.
O Mediobanca já afirmou que tem planos para sair da Telco, enquanto a Generali tem dito que poderá eventualmente se retirar, mas apenas quando as condições forem certas.