Setor tecnológico se tornou suporte de estabilidade das bolsas européias (Ralph Orlowski/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2011 às 21h05.
Londres - As bolsas de valores da Europa operavam perto da estabilidade nesta segunda-feira, encontrando suporte no setor de tecnologia, mas a leve ampliação dos ganhos da semana passada deve ser limitada por fatores técnicos.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações no continente, operava em alta de 0,06 por cento, a 1.125,28 pontos, às 8h29 (horário de Brasília). Na semana passada, o índice subiu 3,3 por cento, maior ganho semanal desde setembro.
As empresas de equipamentos de telefonia Nokia e Alcatel- Lucent ganhavam 2,8 e 4 por cento, respectivamente, após o Goldman Sachs elevar de "neutro" para "compra" a nota de investimento de ambas as ações.
Analistas técnicos disseram que a alta do FTSEurofirst 300 pode ser limitada. "Quando se tem uma tripla convergência de potenciais pontos de resistência, há dúvidas, e eu não acho que o índice vai superá-las no curto prazo", disse Bill McNamara, analista técnico do Charles Stanley.
Os investidores continuavam preocupados com os acontecimentos no Oriente Médio, enquanto os combates seguem na Líbia. O presidente da Síria, Bashar al-Assad, mobilizou o Exército pela primeira vez em Latakia, a principal cidade portuária da Síria, depois de quase duas semanas de protestos que se espalharam por todo o país.
A crise nuclear do Japão também é um fator que diminui o apetite por risco.
O partido da chanceler alemã, Angela Merkel, perdeu o poder em uma importante e rica região no domingo. Resultados preliminares das eleições regionais mostraram que os Verdes chegaram ao seu primeiro governo estadual, impulsionados por sentimentos antinucleares da população.
"Isso gera preocupação sobre o quão forte ela (Merkel) será nos próximos anos", disse Urquhart Stewart, cofundador da Seven Investment Management.
A montadora de automóveis alemã Porsche perdia 3,2 por cento, após aprovar quase 5 bilhões de euros em aumento de capital, abrindo caminho para uma fusão com a Volkswagen .
Entre outras companhias automobilísticas em queda estavam Daimler e Renault , que se depreciavam 1,2 e 0,7 por cento, respectivamente.