Mercados

Taxas futuras se ajustam ao comunicado do Copom

O mercado entendeu que o ciclo de aperto monetário em curso pode ter sido encerrado e, assim, reduziu as apostas quanto a um novo aumento da taxa básica em maio


	Bovespa: a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2014 fechou em 10,78%, ante 10,82% do ajuste anterior
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Bovespa: a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2014 fechou em 10,78%, ante 10,82% do ajuste anterior (Alexandre Battibugli/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 17h36.

São Paulo - Os juros futuros fecharam a quinta-feira, 3, em baixa, mais acentuada entre os contratos de curto prazo e limitada nos de longo prazo, resultado de um movimento natural de ajuste de posições e inclinação da curva a termo.

Tal correção foi determinada, principalmente, pelo comunicado que acompanhou a decisão do Banco Central de elevar, ontem, a Selic para 11,00% ao ano.

O mercado entendeu que o ciclo de aperto monetário em curso pode ter sido encerrado e, assim, reduziu as apostas quanto a um novo aumento da taxa básica em maio.

Os juros longos também foram afetados pelo dólar, que fechou em alta, respondendo à política monetária interna e externa.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2014 fechou em 10,78%, ante 10,82% do ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2015 encerrou em 11,05%, na máxima, ante 11,12% do ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 marcou 12,45% no fechamento, ante 12,47% e o DI para janeiro de 2021 terminou em 12,84%, ante 12,83% ontem.

Segundo profissionais da área de renda fixa, o comunicado que acompanhou o anúncio da Selic - no qual o BC informou que "irá monitorar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária" - deu força à percepção de encerramento do aperto e reduziu razoavelmente, na curva a termo, a probabilidade de o juro básico ser elevado novamente no mês que vem em 0,25 ponto porcentual.

Operadores destacaram ainda que, entre os contratos de curtíssimo prazo, o nervosismo com a incerteza quanto a feriados devido à Copa do Mundo no Brasil continuou a dar o tom e inflar o volume negociado.

O governo mantém indefinida a possibilidade de decretar feriado nos dias de jogos da seleção brasileira no Mundial, mas o Ministério do Planejamento prometeu divulgar até amanhã uma proposta oficial sobre o assunto, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. A dúvida também afeta a precificação dos títulos públicos.

O analista de crédito soberano da Moody's, Mauro Leos, afirmou nesta tarde em São Paulo que a perspectiva estável do Brasil ficará assim até o fim deste ano, afastando a ideia de rebaixamento do rating do País por essa agência de classificação de risco. "A decisão pode mudar no início de 2015, baseada na política econômica da nova administração", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Ternium x CSN: Em disputa no STF, CVM reforça que não houve troca de controle na Usiminas

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida