Bovespa: no fim da sessão, taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2015 estava em 10,83% (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2014 às 17h04.
São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros operaram sob um viés de baixa desde cedo, em especial na ponta mais longa da curva a termo.
Além do recuo do dólar ante o real, profissionais do mercado citavam o ambiente de maior calmaria no exterior, o que favorece a busca por ativos de maior risco.
Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas divulgou ainda a primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de agosto, que mostrou deflação de 0,31%, ante taxa negativa de -0,50% na primeira prévia de julho.
Apesar da desaceleração da baixa, o índice revelou uma queda maior que a apontada pela mediana das expectativas do mercado, de -0,29% (intervalo entre -0,43% e 0,20%).
O índice contribuiu, pela manhã, para certa tendência de baixa das taxas futuras de juros.
Por outro lado, a possibilidade de reajuste de combustíveis ainda este ano - como citado pela presidente Dilma Rousseff no fim de semana - serviu como um limitador para o recuo dos juros futuros.
No fim da sessão regular, a taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2015 (67.795 contratos) estava em 10,83%, na mínima, ante 10,85% do ajuste de sexta-feira, enquanto a taxa para janeiro de 2016 (142.245 contratos) marcava 11,39%, ante 11,41%.
Entre os contratos com prazos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (139.880 contratos) tinha taxa de 11,59%, ante 11,66%, enquanto o contrato para janeiro de 2021 (30.275 contratos) tinha taxa de 11,79%, ante 11,87%.
Pela manhã, o Boletim Focus do Banco Central indicou que o mercado reduziu a perspectiva de inflação para 2014, de 6,39% para 6,26%.
Para o ano que vem, houve elevação de 6,24% para 6,25%. Já o Produto Interno Bruto (PIB) estimado foi de 0,86% para 0,81% no caso de 2014 e de 1,50% para 1,20% em 2015.
"A pesquisa Focus teve efeito neutro e o IGP-M puxou um pouquinho para baixo (as taxas futuras), mas as negociações hoje não tiveram nada de fundamento, foi tudo em função do dólar", comenta o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi.
No mercado à vista de balcão, o dólar cedeu 0,48% ante o real, para R$ 2,2740.