Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 estava em 10,08% (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 16h41.
São Paulo - Ao contrário do que era esperado pelos investidores, o forte desempenho do mercado de trabalho dos EUA em novembro, que pode levar o Federal Reserve e reduzir seus estímulos já neste mês, não provocou grandes correções nos preços dos ativos. Os DIs também reagiram ao dado do IBGE, que apontou que a inflação oficial ficou abaixo da mediana das projeções em novembro.
Segundo divulgou hoje o Departamento de Trabalho norte-americano, os EUA criaram 203 mil empregos em novembro, mais do que as 180 mil vagas previstas por analistas consultados pela Dow Jones Newswires.
A taxa de desemprego caiu para 7,0% no mês passado, o menor nível em cinco anos. Em vez de focar na possibilidade do FED reduzir a injeção de dinheiro na economia, os investidores preferiram dar atenção para o desempenho da economia norte-americana, que vem ganhando força nos últimos meses. Com isso, moedas emergentes, como o real, se beneficiaram.
O declínio do dólar contribuiu para a queda dos juros futuros. As baixas observadas na quinta e nesta sexta deixaram o mercado basicamente dividido ao meio em relação às projeções para a alta da Selic em janeiro, que pode ser de 0,25 ou 0,50 ponto porcentual. Colaborou para essa percepção o resultado do IPCA de novembro, que subiu 0,54% no mês passado, após a alta de 0,57% em outubro.
A mediana das expectativas colhidas pelo AE Projeções era de 0,58%. No acumulado em 12 meses, o índice desacelerou para 5,77% - primeira vez no ano em que o número nesta comparação ficou abaixo dos 5,84% do fechamento do ano passado.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (55.490 contratos) estava em 10,08%, de 10,09% no ajuste anterior.
O juro para janeiro de 2015 (254.975 contratos) indicava 10,63%, de 10,68% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (203.500 contratos) apontava 12,25%, ante 12,28%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (8.475 contratos) marcava 12,78%, de 12,87% no ajuste anterior.