Bovespa: pesquisa Datafolha trouxe viés de baixa para taxas dos contratos futuros de juros (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2014 às 17h31.
São Paulo - Os números mais recentes do Datafolha mostraram o que boa parte do mercado financeiro desconfiava: com Marina Silva (PSB) na disputa, a possibilidade de segundo turno na corrida presidencial é maior.
A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira, 18, trouxe um viés de baixa para as taxas dos contratos futuros de juros.
No fim da sessão regular, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2015 (28.895 contratos) estava em 10,81%, na mínima, ante 10,82% do ajuste de sexta-feira.
Já a taxa do DI para janeiro de 2016 (221.705 contratos) marcava 11,25%, ante 11,32%.
O contrato para janeiro de 2017 (258.440 contratos) tinha taxa de 11,37%, na mínima, ante 11,45% no ajuste. O DI para janeiro de 2021 (77.960 contratos) tinha taxa de 11,52%, ante 11,63%.
O viés de baixa para os juros futuros foi visto desde o início da sessão, após o Datafolha informar que a provável candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, teria chances de vencer a presidente Dilma Roussef em um eventual segundo turno na disputa presidencial.
O levantamento apontou que Marina largaria na disputa com 21% das intenções de voto, ante 20% do candidato do PSDB, Aécio Neves, enquanto Dilma lidera com 36%.
Já num segundo turno, a ex-senadora venceria Dilma, já que tem 47% das intenções, contra 43% da presidente.
No geral, agradou o fato de que, com Marina, as chances de segundo turno são maiores.
O movimento dos juros no Brasil ocorreu a despeito de, em Nova York, os yields dos Treasuries avançarem, em um ambiente de menores tensões geopolíticas.
Às 16h15 (horário de brasília), a taxa do T-note de 10 anos estava em 2,386%, ante 2,344% da sexta-feira, enquanto o T-bond de 30 anos subia a 3,196%, ante 3,134%.
No Brasil, o relatório Focus do Banco Central mostrou que o mercado espera um Produto Interno Bruto (PIB) menor em 2014.
A projeção mediana passou de +0,81% para +0,79%. Para 2015, seguiu em +1,20%.
Já a previsão para a Selic em 2014 permaneceu em 11,00% e, em 2015, foi de 12,00% para 11,75%.
O dólar também contribuía para o recuo dos juros futuros no Brasil, embora a moeda americana tenha oscilado em margens estreitas durante todo o dia. No fim, o dólar no balcão cedeu 0,27%, para R$ 2,2580.
No mercado futuro, o dólar para setembro caía 0,04%, aos R$ 2,2680.
Atualizado às 17h31.