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Taxas de juros recuam com baixa do dólar e Treasuries

Leve queda dos prêmios dos títulos da dívida do Tesouro dos EUA, chamados Treasuries, e dados comportados de inflação no país contribuíram para queda das taxas


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (177.935 contratos) indicava 10,47%
 (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (177.935 contratos) indicava 10,47% (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 16h19.

São Paulo - A queda do dólar conduziu a baixa das taxas futuras de juros nesta sexta-feira, 25. O fato de o Banco Central (BC) ter decidido continuar rolando os contratos de swap que vencem em 1º de novembro recolocou a moeda dos Estados Unidos abaixo de R$ 2,20, o que tende a diminuir a pressão sobre os preços advinda do dólar mais elevado.

Adicionalmente, a leve queda dos prêmios dos títulos da dívida do Tesouro dos EUA, chamados Treasuries, e dados comportados de inflação no país contribuíram para a queda das taxas.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (177.935 contratos) indicava 10,47%, de 10,52% no ajuste anterior. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (165.350 contratos) apontava 11,28%, ante 11,37% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (8.485 contratos) estava em 11,64%, ante 11,73%.

O BC anunciou na noite passada que continuará fazendo leilões de rolagem de contratos de swap cambial para 1º de novembro, de segunda a quarta-feira da semana que vem. Até o fim do pregão anterior, o mercado trabalhava com a hipótese de que o BC rolaria cerca de US$ 3 bilhões, deixando outros US$ 5,9 bilhões saírem de circulação.

Cientes de que a autoridade monetária aumentará o volume a ser trocado, os agentes estão apenas em dúvida sobre se a rolagem será integral ou se o BC ainda irá retirar algum volume de recursos do mercado. Nesse ambiente, o dólar à vista no balcão terminou a R$ 2,189, com desvalorização de 0,68%.

Quanto à inflação, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, subiu 0,39% na terceira quadrissemana de outubro, de 0,37% na segunda leitura deste mês. O indicador, no entanto, ficou no piso do intervalo das estimativas colhidas pelo AE Projeções, de 0,39%. Os grupos Habitação, Saúde e Vestuário perderam fôlego neste levantamento.

Ainda dos indicadores domésticos, o BC informou que as transações correntes seguiram com déficit, de US$ 2,629 bilhões em setembro - pior do que a mediana das estimativas colhidas pelo AE Projeções, de US$ 1,95 bilhão. Destaque para o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País, que atingiu US$ 7,245 bilhões em setembro, ante apenas US$ 736 milhões em igual mês de 2012.

No exterior, a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) manterá os estímulos, em face dos indicadores decepcionantes de atividade, continuou contribuindo para que os juros dos Treasuries perdessem força. A taxa do T-note de 10 anos cedia a 2,509% às 16h30 (horário de Brasília), de 2,516% no fim da tarde da véspera.

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