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Taxas de juros devem oscilar entre margens estreitas

Juros futuros devem se orientar pelo movimento do dólar, em sessão que deve ser de pouca liquidez


	Dinheiro: às 9h18, o DI para janeiro de 2017, tinha taxa de 12,86%, de 12,88% no ajuste de terça-feira
 (Arquivo/Agência Brasil)

Dinheiro: às 9h18, o DI para janeiro de 2017, tinha taxa de 12,86%, de 12,88% no ajuste de terça-feira (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 09h03.

São Paulo - Sem drivers locais ou no exterior para impulsionar os negócios, os juros futuros devem oscilar entre margens mais estreitas e se orientar pelo movimento do dólar, em sessão que deve ser de pouca liquidez.

A taxa para janeiro de 2017, a mais negociada, tinha viés de baixa. Os investidores já estão com as atenções voltadas para 2015, com expectativa de continuidade no aperto monetário e pulso mais forte no lado fiscal tendo Joaquim Levy à frente do Ministério da Fazenda.

Na terça-feira, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do quarto trimestre, o BC abandonou o termo "parcimônia" e deixou claro que fará o que for preciso para que a inflação convirja para o centro da meta, de 4,5%, em 2016.

Às 9h18, o DI para janeiro de 2017, tinha taxa de 12,86%, de 12,88% no ajuste de terça-feira. E tanto o Banco Central como a Fazenda terão que manter as rédeas firmes no ano que vem, uma vez que além dos desafios internos, há os externos e o crescimento mais forte da economia dos Estados Unidos - no terceiro trimestre foi de 5% - abre espaço para os juros começarem a subir por lá e fortalece o dólar no Brasil e no resto do mundo, colocando pressões maiores sobre os preços.

A taxa de câmbio utilizada no cenário de referência no RTI passou para R$ 2,55, de R$ 2,25 no RTI anterior. Na quarta-feira, o dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,6950, em queda de 0,44%. No relatório, o BC reafirmou que não se pode descartar a migração da política fiscal para a zona de contenção em 2015.

Em entrevista concedida ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o economista Otaviano Canuto, consultor sênior do Banco Mundial, disse esperar que o descompasso entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central acabe com a nova equipe econômica. "Quando o Joaquim e equipe falam de metas mais apertadas de superávit primário, a gente antecipa que isso deveria suavizar a necessidade de o Banco Central elevar os juros", disse.

Conforme apurou o jornalista Álvaro Campos com operadores do mercado, a curva de juros já precifica chance majoritária de alta de 0,75 ponto porcentual na Selic em janeiro, apesar de muitos analistas ainda acreditarem que o BC deve promover ajuste de 0,5 pp.

O investidor também aguarda conhecer nos próximos dias os ministros de 22 pastas restantes, após a presidente Dilma Rousseff ter anunciado 13 nomes na terça-feira. Nesta quinta-feira, dia de Natal, a presidente embarcou para a Base Naval de Aratu, na Bahia, onde deve ficar até segunda-feira. Os desdobramentos dos escândalos de corrupção na Petrobras também seguem no radar, embora com força para mexer mais com o mercado de ações.

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