Bovespa: nos juros curtos, as taxas ficaram perto dos ajustes anteriores (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 17h34.
São Paulo - Os juros futuros de médio e longo prazos fecharam em baixa nesta segunda-feira, 23, enquanto os mais curtos ficaram perto dos ajustes anteriores, com reduzido volume de negócios.
Ao término da sessão regular, o DI para abril de 2015 (36.795 contratos) estava em 12,460%, ante 12,455% no ajuste anterior.
O DI janeiro de 2016, com 91.470 contratos, recuou de 13,25% para 13,23%.
O DI janeiro de 2017 (191.370 contratos) fechou em 13,14%, de 13,22% no ajuste da sexta-feira, e o DI janeiro de 2021, com 71.055 contratos, terminou em 12,71%, de 12,83%.
Segundo operadores, o alívio foi puxado pelo dólar em baixa durante uma parte do dia, correção de parte da alta recente e declarações do ministro Joaquim Levy.
Em palestra a empresários em São Paulo, o ministro reforçou a importância da execução de um ajuste fiscal e disse que o governo está com intenção de fazer ajustes no PIS e no Cofins.
"Estamos estudando instituir o chamado crédito financiamento do PIS/Cofins", disse, em evento da Câmara de Comércio França-Brasil.
Levy reforçou ainda a importância de a política monetária permanecer vigilante para que o reajuste dos preços relativos não gere efeitos se segunda ordem, o que poderia provocar um processo inflacionário.
Nos curtos, as taxas ficaram perto dos ajustes anteriores, diante da expectativa de mais uma elevação da Selic em 0,50 ponto porcentual na reunião do Copom na próxima semana.
Não somente esta é a expectativa nas mesas de renda fixa como também nos Departamentos Econômicos.
Pesquisa realizada pelo AE Projeções com 44 instituições do mercado mostra que 39 aguardam a taxa básica de juros no nível de 12,75% ao ano e apenas cinco casas esperam um ajuste menor, de 0,25 ponto porcentual, para a marca de 12,50%.