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Taxas de juros avançam por dólar alto e IPCA-15 elevado

O indicador de inflação reforçou a precificação embutida nas taxas de juros de que a Selic deve subir 0,50 ponto porcentual em novembro


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta sexta-feira, taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 marcava 9,564%
 (Getty Images)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta sexta-feira, taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 marcava 9,564% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2013 às 17h01.

São Paulo - Os juros futuros encerraram a última sessão da semana em alta, conduzidos pelo recuperação do dólar em relação ao real e pelo aumento acima do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) conhecido no início do dia.

O indicador de inflação reforçou a precificação embutida nas taxas de juros de que a Selic deve subir 0,50 ponto porcentual em novembro, para 10%, podendo chegar a 10,50% anuais no começo de 2014.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta sexta-feira, 18, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (22.825 contratos) marcava 9,564%, de 9,554% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (450.920 contratos) indicava taxa de 10,51%, de 10,42% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (183.560 contratos) apontava 11,43%, ante 11,25%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (6.095 contratos) estava em 11,86%, ante 11,72% no ajuste anterior.

Os juros futuros de curto prazo abriram em alta e se mantiveram em território positivo, depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 subiu 0,48% em outubro, acima do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 0,46%.

O dado revigorou a leitura de inflação resistente, conforme mencionado pelo Banco Central na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na véspera, e as apostas no aperto monetário em curso.

Os juros longos iniciaram os negócios perto da estabilidade e com viés negativo, influenciados pela queda do dólar e dos prêmios dos títulos da dívida do Tesouro dos EUA (Treasuries), em meio à avaliação predominante de que o Federal Reserve deva manter o programa de estímulo monetário no país.

Além disso, indicadores econômicos da China favoreceram as moedas emergentes. O PIB chinês registrou expansão de 7,8% no terceiro trimestre deste ano, em bases anuais, acima do crescimento de 7,5% no segundo trimestre, o que representou o maior ritmo neste ano.

A recuperação dos juros de longo prazo veio logo depois em razão de ajuste no mercado de câmbio. Após cair até uma mínima de R$ 2,149, o mercado cambial ajustou posições, num movimento que fortaleceu o dólar ante o real, informou um operador.

O fator técnico especulativo e a recuperação de perdas do dólar ante o euro e algumas moedas ligadas a commodities no exterior fizeram o dólar subir, acrescentou o profissional. No meio da tarde, o dólar atingiu máximas, puxando também as taxas mais longas para seus maiores patamares na sessão. A moeda dos EUA terminou a R$ 2,174 (+0,56%).

"O mercado já vinha em alta desde o começo do dia, com o IPCA-15 acima do previsto. Como uma parte deste resultado do índice de inflação deve estar relacionado à puxada do câmbio algum tempo atrás, o mercado fica mesmo mais sensível aos movimentos do dólar", afirmou outro operador.

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