Bovespa: mercado de juros futuros operou com viés negativo desde o início da negociação (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2014 às 17h23.
São Paulo - As taxas de juros futuras fecharam a sessão desta segunda-feira, 19, em leve queda, pressionadas pela segunda prévia de maio do IGP-M, que mostrou deflação, e pelo recuo do dólar ante o real.
Os números fracos da inflação reforçaram as expectativas de que o Banco Central manterá a Selic em 11% na sua próxima reunião.
O mercado de juros futuros operou com viés negativo desde o início da negociação, conduzido principalmente pela notícia de que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,04% na segunda prévia de maio, ante alta de 0,83% em igual leitura do mesmo indicador em abril.
O resultado ficou no piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de -0,04% a +0,19% (mediana de +0,07%).
Na primeira prévia deste mês, o IGP-M havia subido 0,06%, também perdendo força em relação à alta de 0,72%, na mesma base de comparação.
A cautela dos investidores antes do resultado do IPCA-15, que será anunciado na quarta-feira, ajudou a limitar a queda dos juros.
No entanto, o silêncio do Banco Central sobre a política monetária durante o seminário de Metas de Inflação, na semana passada, aliada à deflação do IGP-M, tem levado à formação de consenso em torno da estabilidade da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana, como destaca reportagem publicada no Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Contribuíram ainda para este movimento os dados das vendas do varejo e do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), anunciados na semana passada, sugerindo uma fraqueza da economia além do esperado.
As apostas no mercado de manutenção da Selic estão agora em mais de 70%, contra pouco menos de 30% de que a autoridade anunciará mais uma elevação de 0,25 ponto porcentual da taxa de juros.
No fim da sessão regular do mercado de juros, a taxa do contrato para janeiro de 2014 (6.850 contratos) fechou em 10,849%, de 10,855% no ajuste anterior; a taxa do contrato para janeiro de 2015 (47.725 contratos) terminou em 10,95%, de 10,96%; o DI para janeiro de 2017 (91.700 contratos) projetava taxa de 12,00%, de 12,05%; o DI para janeiro de 2021 (10.025 contratos) tinha taxa de 12,31%, de 12,33% no ajuste de sexta-feira.