Taurus: empresa disse que está pronta para atender todo o aumento de demanda (Whitney Curtis/Getty Images)
Karla Mamona
Publicado em 10 de maio de 2019 às 12h09.
São Paulo - As ações da Taurus, fabricante brasileira de armas, caíam 5,20% nesta sexta-feira. Os papéis eram negociados na casa dos R$ 3 na B3.
O mercado repercute as declarações de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, sobre o decreto que ampliou o porte de armas no país. Em entrevista à rádio Jovem Pan, Maia disse que conversou com o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para tentar “reorganizar” o decreto.
Maia disse ainda que encontrou “inconstitucionalidades” no texto e que pediu uma análise da equipe técnica sobre a norma. “A princípio, já existem inconstitucionalidades, alguns temas que não deveriam ser regulados por decreto”, disse. Ele reafirmou que, da forma como está o decreto, o governo terá de rediscuti-lo ou “acabará com uma decisão da Câmara ou do Judiciário”. “Há um desconforto do Parlamento.”
Em resposta ao presidente da Câmara, Jair Bolsonaro disse, por meio de transmissão feita por redes sociais, que não foi além do previsto na lei ao assinar o decreto que flexibiliza porte de armas no país. "Não fui além do limite da lei", ao afirmar que o decreto regulamentou "aquilo que pudemos".
Na semana, as ações da Taurus acumulam alta de mais de 13% na Bolsa, após a assinatura do decreto que facilita o porte de armas para 19 categorias no país, entre elas políticos, caminhoneiros e moradores de área rural.
Em comunicado enviado ao mercado, a Taurus afirmou que está pronta para atender todo o aumento de demanda, pois se preparou ao longo dos últimos anos com tecnologia e produtos no estado da arte, além de processos produtivos robustos que garantem a integridade dos produtos.