Bitcoin: a mais valiosa entre as criptomoedas (Karen Bleier/AFP)
Rita Azevedo
Publicado em 26 de outubro de 2017 às 11h48.
Nova York -- Há apenas um ano, praticamente não havia fundos dedicados a criptomoedas. Agora, o investimento no setor cresceu o suficiente para possibilitar o surgimento do primeiro fundo de fundos.
O ávido empreendedor e capitalista de risco Rick Marini quer captar US$ 100 milhões para investir em 10 hedge funds focados em criptomoedas. O fundo, chamado Protocol Ventures, foi aberto neste mês com US$ 1 milhão de capital próprio de Marini.
A criação do fundo é mais um sinal do interesse crescente no setor após a abertura de 84 hedge funds focados em criptomoedas nesse ano, um salto em relação aos 11 do ano passado, segundo pesquisa da Autonomous Next. A maioria dos investidores institucionais tem ficado de fora, mas as empresas estão lançando de tudo, desde fundos e bolsas reguladas até derivativos de criptomoedas, para tentar atraí-los.
“O objetivo é oferecer diversificação aos investidores”, disse Marini. “Com essa volatilidade, existe o desejo de investir o suficiente para um ganho potencial significativo, mas não tanto a ponto de afetar o portfólio em caso de prejuízo.”
Entre os fundos nos quais o Protocol Ventures investiu estão o MetaStable Capital, um dos primeiros e maiores fundos dedicados a criptomoedas, e o fundo menor Neural Capital, cuja aposta no ethereum ajudou a multiplicar os ganhos por 60 nos últimos 12 meses, disse Marini, que trabalhou como chefe de inovação digital da Hearst e fundou três startups de tecnologia.
A capitalização de mercado das criptomoedas disparou para mais de US$ 170 bilhões, contra US$ 13 bilhões no início do ano. O bitcoin, o maior dos ativos digitais, subiu 500 por cento no período.