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Super Quarta com Fed e Copom, eleições no Congresso, reação à prévia da Vale e o que move o mercado

Mercado americano opera em baixa à espera de novas altas de juros do Federal Reserve

Jerome Powell, presidente do Fed (Samuel Corum//Getty Images)

Jerome Powell, presidente do Fed (Samuel Corum//Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 1 de fevereiro de 2023 às 07h45.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2023 às 08h16.

Índices futuros de Nova York operam em leve queda nesta quarta-feira, 1, com investidores à espera da primeira decisão do ano do Fomc, o comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed).

Decisão do Fed

As expectativas, pavimentadas pela queda da inflação americana nos últimos meses, são praticamente unânimes para que o Fed suavize sua alta de juros de 0,50 ponto percentual para 0,25 p.p. nesta tarde. Se confirmada a elevação, o juro irá para o intervalo entre 4,50% e 4,75%. O comunicado está previsto para ser divulgado às 16h, mas o maior foco de investidores estará na coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, meia-hora depois.

O consenso do mercado é de que Powell sinalize uma nova alta de juros de mesma magnitude na próxima reunião, em março, que levaria o juro para entre 4,75% e 5%. A partir daí, a crescente expectativa é de que o Fed interrompa o ciclo de alta de juros, passando a manter a taxa inalterada nas reuniões seguintes. Há grandes dúvidas, no entanto, sobre até quando a taxa se manterá em patamar elevado.

A maior parte das apostas são de que já no segundo semestre haverá espaço para cortes de juros. Powell, no entanto, tem sinalizado que ainda é cedo para baixar a guarda contra a inflação. A tendência é de que uma fala mais dura nesse sentido na coletiva desta tarde injete doses de cautela no mercado.

Inflação na Europa

Dados de inflação também saíram mais baixos na Europa. Nesta manhã, o Índice de Preço ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro recuou no acumulado de 12 meses de 9,2% para 8,5% em janeiro. A projeção do mercado era de queda para 9%. Na comparação mensal, houve deflação de 0,4%. Bolsas da europeias operam em leve alta nesta manhã.

A queda da inflação, ainda que em altíssimo patamar para os parâmetros europeus, deve representar certo alívio para o Banco Central Europeu (BCE), que tem endurecido o tom sobre o combate à alta de preços no bloco. A próxima decisão monetária do BCE está prevista para esta quinta-feira, 2, pela manhã.

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Desempenho dos indicadores às 7h45 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,43%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,43%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,38%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,13%
  • DAX (Frankfurt): + 0,01%
  • CAC 40 (Paris): + 0,10%
  • Shangai Composite (Xangai)*: + 0,90%

Copom

Hoje, após o encerramento do pregão, às 18h30, será a vez do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgar sua decisão de juros. Por aqui, a unanimidade no mercado é de que a Selic será mantida em 13,75%. Há grande ansiedade, no entanto, para saber como o Copom irá expressar suas preocupações sobre a dinâmica fiscal até mesmo sobre a possibilidade de uma revisão das metas de inflação, como aventado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a inflação brasileira ainda em trajetória de queda, no mercado, as opiniões são de que se não fossem os riscos atrelados à política e à sustentabilidade fiscal, o ciclo de corte de juros poderia ser antecipado.

Eleição no Congresso

Além da decisão de juros do Copom, Brasília ainda deverá ser movimentada pelas negociações envolvendo as eleições para as presidências da Câmara e do Senado. Na Casa Baixa, a reeleição de Arthur Lira (PP)  é tida como certa, com a possibilidade, inclusive, de ele ser o presidente da Câmara mais votado da história. No Senado, no entanto a história é outra.

Apoiado pelo PT, Rodrigo Pacheco (PSD) busca a reeleição, mas tem enfretado forte resistência do candidato da oposição Rogério Marinho (PL). Espera-se uma votação apertada, mas Pacheco é considerado ainda o favorito.

Prévia da Vale

A Vale (VALE3) divulgou na última noite que suas vendas de minério de ferro e níquel aumentaram 24% e 30%, respectivamente, no quarto trimestre. A produção de minério, no entanto, caui 1% para 80,8 milhões de toneladas, o que levou a empresa a fechar o ano 2 milhões de toneladas abaixo da meta de produção de 310 milhões de toneladas.

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