Mercados

Stone salta 30% em estreia na Nasdaq e valor de mercado chega a US$9 bi

A Stone vendeu 50,72 milhões de ações na véspera, por valor acima da faixa indicativa, captando 1,22 bilhão de dólares

Stone: sócios da empresa venderam 4,8 milhões de ações (Repordução/Stone/Site Exame)

Stone: sócios da empresa venderam 4,8 milhões de ações (Repordução/Stone/Site Exame)

R

Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2018 às 16h36.

Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 11h48.

As ações da Stone chegaram a disparar mais de 30 por cento em sua estreia na bolsa norte-americana Nasdaq nesta quinta-feira, avaliando a processadora brasileira de cartões em quase 9 bilhões de dólares.

Os papéis abriram a 32 dólares, um terço acima do valor precificado em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de 24 dólares.

A Stone vendeu 50,72 milhões de ações na véspera, por valor acima da faixa indicativa, captando 1,22 bilhão de dólares, que espera usar para aquisições. Sócios da empresa venderam 4,8 milhões de ações.

A Stone atraiu nomes famosos para o IPO como a Ant Financial, subsidiária de pagamento da gigante de e-commerce chinesa Alibaba, que aportou 100 milhões de dólares na operação; e a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, que demonstrou interesse em comprar até 14,2 milhões de ações.

A Berkshire não estava disponível para comentar de imediato.

A Stone, que atende mais de 200 mil comerciantes online e em unidades físicas, faz de processamento de pagamentos, incluindo máquinas para pontos de venda e serviços de meios de pagamentos. Ela é controlada pelos fundadores André Street e Eduardo Pontes.

A Madrone Capital Partners, empresa de investimentos dos EUA que administra parte da fortuna da família Walton family, controladora do Walmart, tem uma fatia de 5,3 por cento nas ações de classe A da Stone, e a Tiger Global Management tem uma participação de 7,1 por cento nos papéis de classe B.

Os acionistas da Stone incluem ainda os sócios da 3G Capital Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira,

A Stone divulgou receita de 164,9 milhões de dólares para os primeiros seis meses de 2018, quase o dobro de um ano antes. O lucro alcançou 22,7 milhões de dólares no período, revertendo o prejuízo do primeiro semestre de 2017.

A PagSeguro, outra processadora brasileira de cartões de crédito que compete diretamente com a Stone, listou suas ações na Bolsa de Nova York (Nyse) em janeiro, movimentando 1,1 bilhão de reais.

Entre os principais rivais da Stone, também estão a Cielo, maior processadora de pagamentos do Brasil, First Data Corporatione Global Payments Inc, disse a empresa em documento.

Goldman Sachs, J.P. Morgan, e Citigroup coordenaram o IPO.

Acompanhe tudo sobre:AçõesEmpresasMercado financeiroStone

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney