A decisão da Standard & Poor's ocorre depois que outras grandes agências como Moody's e Fitch anunciassem nesta semana que mantinham sua máxima nota "AAA" (Alex Wong/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2011 às 18h40.
Washington - A agência de qualificação de crédito Standard & Poor's rebaixou nesta sexta-feira a qualificação da dívida dos Estados Unidos pela primeira vez na história ao passar de AAA, a máxima possível, para o degrau abaixo de AA+.
"O rebaixamento foi motivado pela consolidação fiscal estipulada pelo Congresso e pela Administração, que seria necessária para estabilizar a dinâmica de dívida a médio prazo do Governo", indicou Standard & Poor's em comunicado.
Deste modo, a agência de qualificação cumpriu as advertências de rebaixamento da dívida dos EUA que tinha emitido nas últimas semanas, durante as negociações no Congresso americano para elevar o teto de dívida e evitar a temida moratória.
"Mais amplamente, o rebaixamento reflete nossa visão que a efetividade, estabilidade e previsibilidade dos legisladores e instituições políticas dos EUA foram debilitadas em um tempo de desafios fiscais e econômicos a um grau maior que os que tínhamos previsto quando atribuímos uma perspectiva negativa", acrescentou a Standard & Poor's.
A agência de classificação de risco situou em 15 de julho a dívida americana "sob vigilância com perspectiva negativa", e indicou então que havia 50% de possibilidade que a rebaixasse nos próximos três meses.
A decisão da Standard & Poor's ocorre depois que outras grandes agências como Moody's e Fitch anunciassem nesta semana que mantinham sua máxima nota "AAA" para a dívida dos EUA, após o acordo do Congresso sobre o limite de endividamento.
Além disso, Standard & Poor's reforçou que as perspectivas de longo prazo da dívida dos EUA são "negativas". "Poderíamos diminuir a qualificação para AA dentro dos próximos dois anos se analisarmos que há uma menor rebaixamento na despesa do estipulado, maiores taxas de juros, ou novas pressões fiscais durante o período que possam resultar em uma trajetória geral de dívida mais alta do que atualmente consideramos", conclui o comunicado.