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Soros volta a comprar ações da Petrobras

Além de Soros, outros megainvestidores em Wall Street resolveram aplicar na estatal brasileira

George Soros: ele já havia investido em outros momentos na Petrobrás (Getty Images)

George Soros: ele já havia investido em outros momentos na Petrobrás (Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 09h08.

Última atualização em 23 de novembro de 2016 às 09h09.

Nova York - O megainvestidor George Soros, com fortuna estimada em US$ 25 bilhões, voltou a apostar na Petrobrás e comprou mais de 1,5 milhão de ações da empresa brasileira nos Estados Unidos, mostram documentos oficiais enviados pela gestora do bilionário para a Securities and Exchange Commission (SEC, a reguladora do mercado de capitais dos EUA).

Soros já havia investido em outros momentos na Petrobrás, mas os dados da SEC mostram que, em junho de 2015, ele tinha 636 mil ações e, no trimestre seguinte, se desfez dos papéis, zerando sua posição.

Os investidores em Wall Street precisam reportar para a SEC a cada fim de trimestre as posições de cada papel em suas carteiras. O mais recente documento com as movimentações de Soros, divulgado com dados do terceiro trimestre de 2016, mostra que o investidor resolveu esperar um ano para voltar a apostar em Petrobrás.

Além de Soros, outros megainvestidores em Wall Street resolveram aplicar na estatal brasileira por meio de American Depositary Receipts (ADRs), recibos de ações da empresa listados na Bolsa de Nova York.

Entre eles, Robert Citrone, com US$ 12 bilhões em ativos, dono da Discovery Capital Management, que reportou ter mais de 27 milhões de papéis da petroleira. Já a DE Shaw, com US$ 40 bilhões sob gestão, tem 3 milhões de ADRs. Jim Simons, que administra mais de US$ 36 bilhões, tem 411,5 mil papéis da estatal.

Mudanças.

Analistas afirmam que as mudanças que vêm sendo feitas na empresa, com foco na produção de petróleo, venda de ativos não estratégicos e reforço na governança e controles internos vêm tendo reflexos positivos para a percepção da companhia. Entre as casas dos EUA que melhoraram a avaliação para a Petrobrás nos últimos meses estão o Raymond James e o Citigroup.

O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, fez uma palestra na semana passada em Nova York para mais de 400 pessoas e ressaltou o esforço para tornar a petroleira mais produtiva e rentável, além de dificultar que práticas de corrupção voltem a ocorrer.

O evento atraiu várias gestoras de Wall Street, entre elas, a BlackRock. O diretor do Bradesco, André Prado, disse que a Petrobrás se transformou em um exemplo do que o Brasil precisa fazer para arrumar a economia.

Exceção.

A Petrobrás é a única empresa brasileira que Soros tem em sua carteira. O megainvestidor aplica de forma indireta em outras companhias que atuam no País, como a multinacional de bebidas AB InBev.

Na América Latina, Soros tem papéis da Pampa Energia e do grupo financeiro Galicia, ambas argentinas. Entre as companhias dos EUA, o bilionário tem vários papéis de empresas de tecnologia e internet, como o Google, Amazon e a Netflix e bancos, como o Bank of America.

Os documentos enviados pelos grandes gestores de Wall Street são monitorados de perto pelos operadores e analistas, em busca de quais papéis os grandes gurus do mercado estão apostando.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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