Sony: companhias japonesas são conhecidas por terem retornos sobre patrimônio ruins (AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2014 às 13h08.
Tóquio - A Sony e mais de 20 outras companhias provavelmente serão retiradas do novo índice acionário do Japão, que foi montado para incluir empresas favoráveis aos investidores, quando o índice passar por sua primeira revisão anual em agosto.
A Otsuka Holdings, a Seiko Epson e a Daiwa Securities provavelmente vão substituí-las no índice, em um sistema de recompensa e punição pensado de modo a encorajar companhias japonesas a ter uma consideração maior pelo valor dos acionistas.
Operadores disseram que o índice JPX-Nikkei 400, lançado em janeiro, estava conseguindo certo sucesso em convencer companhias a impulsionar os retornos aos acionistas.
"O impacto do JPX400 parece ser maior do que eu esperava. Algumas das companhias que não estão no índice estão preocupadas com o motivo de não estarem lá", disse Masaki Uchida, diretor-executivo da JPMorgan Asset Management.
As companhias japonesas são conhecidas por terem retornos sobre patrimônio (ROE, na sigla em inglês) ruins. O ROE é um indicador de quão eficientemente uma companhia usa seu capital, obtido através da divisão de lucro líquido pelo patrimônio dos acionistas.
Em média, as companhias do Japão produzem lucros líquidos de 9 centavos de dólar para cada dólar do patrimônio dos acionistas, ante 13,9 centavos de dólar nos Estados Unidos, segundo dados da Thomson Reuters Starmine.
O primeiro-ministro Shinzo Abe tem incentivado o novo índice esperando que isso torne as ações das companhias japonesas mais atraentes e que ajude a economia.