Fachada de academia da Smart Fit (Instagram Smart Fit/Reprodução)
Guilherme Guilherme
Publicado em 10 de agosto de 2022 às 09h28.
Última atualização em 10 de agosto de 2022 às 09h44.
A Smart Fit (SMFT3) reduziu em 25% a previsão de abertura de academias próprias para este ano, de 176 para 131. A nova expectativa, apresentada nesta terça-feira, 10, prevê 965 unidades próprias até o fim de 2022 e 1.225 no total. A previsão anterior era de alcançar 1.260 academias, sendo 1.010 próprias.
A revisão do guidance, segundo a Smart Fit, ocorre devido ao "crescente aumento das taxas de juros nas diversas regiões" em que atua.
"A decisão é [para] equilibrar o ritmo de expansão com a solidez financeira, postergando parte dos desembolsos que seriam feitos esse ano e preservando a forte posição de caixa", afirmou a empresa em fato relevante
Da previsão total de abertura de unidades próprias, somente 45 foram abertas até o encerramento do primeiro semestre. De acordo com balanço divulgado nesta manhã, a Smart Fit terminou o segundo trimestre com 879 academias próprias, sendo 1.121 no total.
O maior crescimento do número de academias em relação ao mesmo período de 2021 se deu no Brasil, com aumento de 50 unidades. No México, segundo maior mercado da Smart Fit, foram 36 novas academia.
Mas, em termos proporcionais, o crescimento mais acelerado tem ocorrido em outros países da América Latina, que inclui Argentina, Colômbia, Chile, Costa Rica e outros países. Na divisão, a expansão foi de 28% em número de academias.
A frente que abrange países da América Latina (menos México e Brasil) também é a que tem apresentado maior aumento do número de clientes, com salto de 83% na comparação anual para 414.000.
No Brasil, principal mercado da companhia, a Smart Fit aumentou sua base de clientes no segundo trimestre em 41% na comparação anual para 443.000 e em 75% no México, para 270.000.
A expansão do número de unidades e clientes ajudou a impulsionar a receita líquida da Smart Fit, que dobrou frente ao segundo trimestre de 2021 para R$ 689,1 milhões. O Ebtida, que foi negativo em R$ 13,7 milhões no mesmo período do ano passado, ficou positivo em R$ 121,4 milhões. Mas o desempenho não suficiente para a empresa dar lucro, encerrando o trimestre com prejuízo líquido de 40 milhões, 75% menor no ano contra ano.