Volks na Alemanha: representantes dos trabalhadores garantem que pelo menos três fábricas Volkswagen podem ser fechadas na Alemanha e que dezenas de milhares de postos de trabalho podem ser suprimidos (.)
Agência de notícias
Publicado em 1 de dezembro de 2024 às 14h22.
Última atualização em 2 de dezembro de 2024 às 06h35.
Os sindicatos da Volkswagen convocaram uma greve a partir desta segunda-feira, 2, nas plantas de produção da Alemanha em protesto pelos planos da direção de cortar milhares de postos de trabalho, anunciou o sindicato IG Metall neste domingo, 1.
"Se necessário, esta será a batalha de negociação coletiva mais difícil que a Volkswagen já conheceu", advertiu em comunicado o negociador do sindicato, Thorsten Gröger, após um diálogo social obrigatório para 120.000 trabalhadores da marca na Alemanha.
Na sexta-feira, a fabricante, que prepara um plano drástico de redução de despesas, rejeitou uma proposta sindical para reduzir custos sem fechar fábricas na Alemanha.
"Na segunda-feira, vão começar paralisações de advertência em todas as fábricas", disse Gröger, que acusou a direção da companhia de ser "responsável, na mesa de negociação, pela duração e intensidade deste enfrentamento".
Em outro comunicado, a Volkswagen afirmou "respeitar" o direito de greve dos trabalhadores e disse confiar que um "diálogo construtivo" leve a "uma solução duradoura e sustentável coletivamente".
A Volkswagen anunciou em setembro que trabalha em um programa para aumentar a competitividade da empresa, mas, por ora, o diálogo entre a direção e responsáveis sindicais não levou a nenhum acordo sobre as medidas de restruturação.
Os representantes dos trabalhadores garantem que pelo menos três fábricas Volkswagen podem ser fechadas na Alemanha e que dezenas de milhares de postos de trabalho podem ser suprimidos.
A Volkswagen possui dez plantas de produção de veículos na Alemanha e cerca de 300.000 funcionários, dos quais 120.000 trabalham para a marca VW, a mais afetada por esses planos.
A companhia automotiva alemã viu-se impactada tanto pela desaceleração do mercado de veículos novos quanto pela concorrência chinesa e custos de mão de obra mais elevados que os de seus concorrentes, segundo os especialistas.