Ser Educacional: os pedidos de subscrição prioritárias que foram recebidos até hoje serão cancelados (foto/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de maio de 2017 às 22h32.
Última atualização em 25 de maio de 2017 às 08h19.
São Paulo - A Ser Educacional confirmou o cancelamento da oferta pública primária de ações, com esforços restritos, conforme antecipou mais cedo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Em Fato Relevante, a companhia afirma que o Conselho de Administração, apesar de ter apurado demanda suficiente pelas ações, definiu que o preço que seria fixado não refletiria a "perspectiva de rentabilidade futura" da empresa.
Os pedidos de subscrição prioritárias que foram recebidos até hoje serão cancelados. Já o acionista já tenha efetuado o pagamento, os valores serão devolvidos sem juros ou correção monetária, sem reembolso de custos e com dedução de eventuais tributos devidos.
O prazo para devolução dos recursos é de três dias úteis.
Nesta terça-feira, 23, a Coluna do Broadcast já havia antecipado que o preço deveria ficar entre R$ 21,00 e R$ 20,00 e que a demanda era fraca, sinalizando um possível cancelamento.
A Ser Educacional esperava concretizar a oferta com preço próximo ao do fechamento das ações no dia anterior ao anúncio da captação, de cerca de R$ 25,50, movimentando um total de mais de R$ 400 milhões.
A oferta da Ser é a primeira a ser cancelada após a onda de volatilidade que se instalou no Brasil com as delações da JBS, atingindo em cheio o presidente Michel Temer.
Há dois dias, a BRMalls captou R$ 1,730 bilhão com oferta subsequente de ações, para a qual atraiu demanda de mais de R$ 3 bilhões.
No caso da empresa de shoppings, as ações foram precificadas 11,5% abaixo dos R$ 12,43 em que eram negociadas no dia 8 de maio, anterior ao anúncio da oferta.
Uma fonte lembra ainda que a Ser não precisava de recursos no curto prazo. A oferta foi coordenada pelo Credit Suisse na posição de líder, Bank of America Merrill Lynch, JPMorgan e Santander.