Centro de distribuição da Sequoia Logística em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo (Sequoia/Divulgação)
Paula Barra
Publicado em 7 de maio de 2021 às 07h00.
Última atualização em 7 de maio de 2021 às 08h57.
Impulsionada por aquisições e crescimento do e-commerce, a Sequoia (SEQL3), maior empresa independente de logística do país, viu seu faturamento líquido praticamente dobrar no primeiro trimestre de 2021, saindo de 165,3 milhões de reais um ano antes para 326,4 milhões de reais.
A companhia, que tem entre seus clientes Magazine Luiza, Mercado Livre e Amazon, viu a quantidade de pedidos no trimestre subir em 37%, para 10,8 milhões.
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Só com o transporte B2C, serviço prestado pela companhia a plataformas de e-commerce, a empresa atingiu receita bruta de 229,9 milhões de reais, crescimento de 165,2% frente ao primeiro trimestre de 2020. Hoje, essa linha de negócio corresponde a cerca de 60% do faturamento total da companhia, o restante vem dos segmentos B2B e serviços logísticos.
A geração operacional de caixa (Ebitda, na sigla em inglês) somou 30,6 milhões de reais, alta de 146,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2020, com a margem Ebitda (Ebitda sobre a receita líquida) expandindo em 1,9 ponto percentual, para 9,4%.
Ainda assim, teve prejuízo líquido ajustado de 3,7 milhões de reais, 48% superior ao registrado no mesmo trimestre do ano anterior. A piora ocorreu principalmente por conta do aumento das despesas financeiras oriundas da consolidação dos contratos de aluguel das empresas adquiridas Direcional e Prime.
Desde sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a Sequoia já realizou quatro aquisições: a Direcional e a Prime, focadas no segmento de e-commerce de produtos grandes; a Logtech Frenet; e a Plimor, anunciada no fim de março, com a transação devendo ser concluída em maio.
No entanto, mesmo em ritmo aquecido, dinheiro não tem sido problema para a companhia, que acabou de movimentar 894 milhões de reais em uma oferta subsequente de ações (follow-on) no mês passado.
Considerando o caixa adicional líquido da oferta (do total do follow-on, cerca de 200 milhões de reais foram para o caixa da empresa), o índice de alavancagem da Sequoia atual seria de caixa líquido 0,7 vez, o que a deixa confortável para pensar em novas oportunidades.
Atualmente, a empresa tem mais três oportunidades em fase de due diligence, com memorandos de entendimento assinados. Conforme apurou a EXAME Invest, essas análises devem ser concluídas já nos próximos meses.
Com o vento favorável, as ações da Sequoia acumulam valorização de 101% desde o IPO em outubro de 2020, contra uma alta de 25% do Ibovespa. Neste ano, avançam 8%.