Mercados

Senhora Watanabe perde com apostas de US$ 18 bi no real

Aposta dos investidores japoneses em dívida local brasileira está saindo pela culatra com o real tendo desvalorização

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 11h06.

Nova York/Bangcoc - As apostas de US$ 18 bilhões dos investidores japoneses em dívida local brasileira está saindo pela culatra com o real tendo a maior desvalorização entre os mercados emergentes.

O fundo da DWS Investments, que tem US$ 615 milhões aplicados em títulos de dívida brasileiros e tem como cotistas investidores de varejo e pensionistas japoneses, teve uma perda de 3,5 por cento este ano, em ienes, contra um retorno médio de 9,3 por cento das dívidas de países em desenvolvimento acompanhadas pelo JPMorgan Chase & Co.

O Banco Central ajudou o real a se desvalorizar 9,1 por cento contra o iene nos últimos 12 meses ao promover o maior corte da taxa básica de juros entre os países do Grupo dos 20, comprar dólar e impor tributos para investidores estrangeiros. Os investidores japoneses, apelidados de Senhora Watanabe, já que muitas são donas de casa, começaram a investir em dívida brasileira de alto risco em meio a mais de uma década de juros reais próximos de zero em casa.

“Os investidores japoneses têm sofrido principalmente com as perdas do mercado de câmbio de origem nos fundos de dívidas brasileiras”, disse Masatsugu Yamamoto, administrador-sênior de portfólios de renda fixa global na DIAM Co. O governo brasileiro “obviamente prefere um real mais fraco”, disse em entrevista por telefone de Tóquio.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaCâmbioDados de BrasilIeneInvestimentos de empresasJapãoMoedasPaíses ricosReal

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney