Eike Batista: Entre a terça-feira e quinta-feira, a Bolsa brasileira perdeu 2,2%, passando dos 53,8 mil pontos para os 52,6 mil pontos (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2012 às 13h09.
São Paulo - O tombo das ações das empresas "X" que fazem parte do Ibovespa - OGX, MMX e LLX - nos últimos dois dias, quando eclodiu a desconfiança dos investidores quanto à capacidade produtiva dos negócios do empresário Eike Batista, é responsável pela retração de 1,7% do Ibovespa no mesmo período. Entre a terça-feira e quinta-feira, a Bolsa brasileira perdeu 2,2%, passando dos 53,8 mil pontos para os 52,6 mil pontos. Portanto, se não fossem as companhias do Grupo EBX, o Ibovespa teria recuado cerca de 0,50% no período. O levantamento foi feito pela Economatica, a pedido da Agência Estado.
Nesse mesmo período, as ações ON da OGX passaram de R$ 8,37 para R$ 5,05, o que representa uma desvalorização de 39,67%; os papéis com direito a voto da MMX passaram de R$ 6,48 para R$ 5,00 (-22,84%) e a LLX ON recuou de R$ 2,41 para R$ 2,05 (-14,94%).
Considerando-se o peso dessas três ações na composição da principal carteira teórica do mercado acionário brasileiro, com a posição atualizada no dia 26 - de 3,548%, 1,043% e 0,408%, respectivamente - o impacto individual negativo de OGX, MMX e LLX no Ibovespa foi de 1,41%, 0,24% e 0,06% respectivamente.
"Somando-se esses porcentuais, tem-se uma desvalorização de 2,2% sobre o índice", afirmou o gerente de relacionamento institucional e comercial da Economatica, Einar Rivero. "Mas considerando-se os efeitos positivos que a alta de outras ações tiveram sobre o Ibovespa, o resultado final dessas companhias (do grupo EBX) sobre o índice é negativo em 1,71%", disse.
Ainda segundo cálculos da Economática, nos últimos dois pregões, a OGX perdeu R$ 10,742 bilhões em valor de mercado. Na soma das seis empresas "X", o recuo no valor de mercado é de R$ 13,274 bilhões em dois dias.