Invest

Se o mercado de trabalho continuar forte, Fed terá de adiar cortes de juros, diz dirigente

Para Neel Kashkari, a economia dos EUA segue "notavelmente resiliente"

Fed: órgão financeiro é presidido por Jerome Powell (Samuel Corum/Bloomberg)

Fed: órgão financeiro é presidido por Jerome Powell (Samuel Corum/Bloomberg)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 15h14.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2024 às 15h42.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, alertou nesta quarta-feira que os dirigentes podem adiar cortes de juros ou fazer um processo mais lento de normalização das taxas, caso o mercado de trabalho americano continue forte.

Em entrevista à CNBC, Kashkari apontou que a economia dos Estados Unidos segue "notavelmente resiliente" e que o aperto monetário pode não estar pressionando a demanda do modo esperado pelo banco central, tendo em vista que os consumidores mantém nível robusto de consumo de bens mesmo com preços elevados de serviços.

Ele reiterou ainda a postura dependente de dados do BC e afirmou que os dirigentes precisam ver dados favoráveis confirmando retorno da inflação a 2%, antes de considerar alterações na política monetária. No entanto, Kashkari pondera que "dois ou três cortes de juros ao longo de 2024" parecem apropriados neste momento.

Questionado sobre a relação de bancos com o setor imobiliário comercial, o dirigente afirmou que ambos estão resilientes. "O setor imobiliário comercial está se saindo bem, exceto por negócios envolvendo escritórios", disse Kashkari. "E os problemas que vimos em bancos desde o ano passado têm sido individuais, não sistêmicos."

Acompanhe tudo sobre:Fed – Federal Reserve SystemEstados Unidos (EUA)Banco Central

Mais de Invest

Como o Índice de Sharpe pode ajudar a tomar decisões na hora de investir?

Proclamação da República: veja o funcionamento dos bancos nesta sexta-feira

Como negociar no After Market da B3

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada