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1/12 (Germano Luders/EXAME.com)
São Paulo – A tão esperada entrada no principal índice de ações pode chegar em dezembro para as ações da Hypermarcas (HYPE3), projeta o banco Santander em relatório publicado nesta semana. “A ação não foi incluída no último rebalanceamento, provavelmente devido ao alto percentual de volume negociado vinculado a negociações diretas. A não inclusão no próximo rebalanceamento significaria que pelo menos 35% do volume negociado se referem negociações diretas, o que acreditamos ser bastante improvável”, explica a analista Renata Cabral. A lista das empresas que devem ser afetadas pela próxima composição do índice, entretanto, não se limita à estreia da Hypermarcas. O Santander listou cinco empresas vencedoras (que devem ganhar importância no benchmark) e outras cinco que podem perder relevância dentro do Ibovespa. “Acreditamos que os fundos indexados terão de ajustar suas carteiras para incluir os novos nomes para os quais temos expectativa de inclusão, fazendo com que os preços dessas ações subam ou caiam no curto prazo”, avisa a analista Renata Cabral. A composição do principal índice da bolsa é modificada a cada quatro meses. A primeira prévia oficial do Ibovespa será divulgada pela BM&F Bovespa no dia primeiro de dezembro e terá validade entre primeiro de janeiro e 30 de abril de 2011. O banco não prevê a exclusão de empresa alguma no próximo rebalanceamento do índice. Confira nas próximas páginas os setores e companhias mais afetadas pelas alterações:
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2. Petróleo e gás
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2/12 (Spencer Platt/Getty Images)
Para a analista Renata Cabral, é esperado um aumento robusto de 3,5 pontos percentuais no peso do setor de petróleo e gás, o que representaria a maior variação dentre todos os setores. “É um dos três em que projetamos uma mudança positiva na concentração. Isto se deve principalmente ao aumento significativo de 1,32% que projetamos no peso das ações da OGX (OGXP3), passando de 3,45% para 5,08%, e no peso das ações preferenciais da Petrobras (PETR4), de 1,63%, passando de 9,23% para 10,64%. Já para as ações ordinárias da estatal (PETR3) a variação seria de 0,68%, passando de 2,39% para 3,07%”, projeta a analista. Renata explica que o aumento no peso da Petrobras se deve principalmente à capitalização em setembro, considerada a maior venda de ações do mundo. Já quando o assunto é a OGX, a principal razão para esse aumento é a maior liquidez, em virtude do momento positivo do grupo de Eike Batista (EBX). “Alguns investidores optaram por ele como alternativa para apostar no setor de petróleo e gás durante o período anterior à capitalização da Petrobras”, afirma Renata. Ações pertencentes ao Ibovespa: Braskem (BRKM5), Ultrapar (UGPA4), Petrobras (PETR3) (PETR4), Brasil Ecodiesel (ECOD3) e OGX (OGXP3).
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3. Mineração
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3/12 (EXAME.com)
O setor de mineração sofrerá a maior pressão de queda no índice da Bovespa. Pelo menos esta é a aposta do Santander. O peso atual desse setor é 17,59% e, segundo os cálculos, deve cair para 15,48%. A queda de 2,11% no peso se concentra basicamente na Vale (VALE5, -1,31%; e VALE3, -0,34%). “Apesar da forte redução no peso, ainda esperamos que a Vale mantenha sua posição de número um. Provavelmente o setor manterá sua terceira posição no índice”, aposta a analista Renata Cabral. Ações pertencentes ao Ibovespa: Bradespar (BRAP4), Vale (VALE3) (VALE5) e MMX Mineração (MMXM3).
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4. Instituições Financeiras
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4/12 (Emilian Robert Vicol/Flickr/Creative Commons)
Com base nos cálculos do Santander, o peso do setor financeiro cairá de 19,39% para 19,21%, uma pequena queda de 0,18% no índice. “Acreditamos que o setor perderá a posição de liderança em 2011 para o setor de petróleo e gás”. O relatório lembra que, no início de 2008, este segmento era composto apenas por ações de bancos. “Em virtude dos IPOs ocorridos a partir de 2006, outras instituições financeiras foram adicionadas ao Ibovespa”, cita Renata. A analista destaca que a ação da Redecard abriu o caminho para outras instituições financeiras quando foi adicionada, em setembro de 2008. “Atualmente, esta categoria é composta também por empresas de seguros (Porto Seguro – PSSA3; e SulAmérica – SULA11), bolsas de valores (BM&FBovespa - BVMF3); e operadoras de cartões de crédito (Cielo - CIEL3, adição mais recente, em maio de 2010, e Redecard – RDCD3)”. Ações pertencentes ao Ibovespa: BM&F Bovespa (BVMF3), Bradesco (BBDC4), Itaúsa (ITSA4), Cielo (CIEL3), Redecard (RDCD3), ItauUnibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11).
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5. Celulose
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5/12 (AFP)
Atualmente, este é representado por apenas duas ações, Fibria (FIBR3) e Klabin (KLBN4), e ocupa a décima primeira posição, com peso de 1,97% no Ibovespa. De acordo com as projeções do Santander, a participação deve apresenta uma leve diminuição, passando para um peso de 1,66%.
Ações pertencentes ao Ibovespa: Fibria (FIBR3) e Klabin (KLBN4).
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6. Energia e saneamento
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6/12 (Bia Parreiras/Exame)
Atualmente, o setor de energia e saneamento ocupa a sexta posição com maior peso do índice (6,03%). “A última eliminação do índice no setor foram as ações da Celesc (CLSC6), em janeiro de 2010, e não esperamos seu retorno no futuro próximo. Para o segmento, esperamos uma redução de 0,24% em sua participação”, projeta o banco. Ações pertencentes ao Ibovespa: Cemig (CMIG4), Eletropaulo (ELPL6), CPFL Energia (CPFE3), Eletrobrás (ELET3) (ELET6), Copel (CPLE6), Transmissão Paulista (TRPL4), Sabesp (SBSP3) e Light (LIGT3).
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7. Telecomunicações
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7/12
O setor ocupa atualmente a décima posição no Ibovespa, com peso de 3,83%. E se depender das projeções da analista Renata Cabral o peso deve cair para 3,36%. “Esta redução será distribuída dentre as ações do setor, com exceção de Tim Participações (TCSL3)”, aposta a analista. No dia 7 de outubro, as ações da Net (NETC4) foram oficialmente excluídas o índice devido à oferta de compra da Embratel para suas ações. Ações pertencentes ao Ibovespa: Telemar (TNLP3) (TNLP4) Brasil Telecom (BRTO4), Tim (TCSL3) (TCSL4) Vivo (VIVO4), Telemar Norte Leste (TMAR5) e Telesp (TLPP4).
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8. Aeroespacial e Transporte
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8/12 (Jonne Roriz/EXAME.com)
Na avaliação do Santander, o setor deve manter sua oitava posição no Ibovespa. Porém, é esperada uma queda de 0,85%, passando do atual peso de 5,70% para 4,85%. Ações pertencentes ao Ibovespa: Embraer (EMBR3), Gol (GOLL4), LLX Logística (LLXL3), ALL Logística (ALLL3), Tam (TAMM4) e CCR Rodovias (CCRO3).
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9. Alimentos e bebidas
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9/12 (Heudes Regis/EXAME)
Este é mais um dos setores que, na opinião do Santander, deve contar com um aumento em seu peso no índice. O setor atualmente está na nona posição no Ibovespa, com participação de 3,75%. O banco espera um aumento no peso de participação da Marfrig (MRFG3), de 0,23%, representando uma variação de aproximadamente 30% de seu peso atual, após a inclusão na carteira do Ibovespa na última alteração da cesta de ações. Ações pertencentes ao Ibovespa: BR Foods (BRFS3), AmBev (AMBV4), JBS (JBSS3) E Marfrig (MRFG3).
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10. Varejo
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10/12 (TAMIRES KOPP/PRINT MAKER)
Dentre os 12 setores que compõem o Ibovespa, o de varejo é um dos três que o Santander projeta aumento no peso. “Estimamos que ele ficará na sétima posição no índice. Há doze meses, o setor de varejo estava na décima posição”, lembra o relatório. Além disso, o banco espera a inclusão de um entrante: a Hypermarcas (HYPE3), com peso de 0,82%. “O abertura de capital da empresa ocorreu há mais de dois anos e meio atrás. Acreditamos que o setor de varejo pode contribuir mais uma vez para a diversificação do Ibovespa, acrescentando ao índice outra empresa ligada à economia doméstica”, considera o Santander. Ações pertencentes ao Ibovespa: Lojas Renner (LREN3), Souza Cruz(CRUZ3), Natura (NATU3), Lojas Americanas (LAME4), Pão de Açúcar (PCAR5), B2W Varejo (BTOW3) e Hypermarcas (HYPE3).
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11. Siderurgia
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11/12 (Getty Images)
De acordo com as projeções da analista Renata Cabral, não haverá mudanças significativas para o setor de siderurgia. “Este segmento está atualmente na quinta posição no Ibovespa, e esperamos uma pequena queda de 0,17%. “Vale lembrar que o peso atual do setor siderúrgico no principal índice da bolsa é de 9,11%. Ações pertencentes ao Ibovespa: Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM3) (USIM5), CSN (CSNA3), Gerdau Metalurgia (GOAU4).
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12. Agronegócios
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12/12 (Divulgação)
Representado apenas por uma única ação, a da Cosan (CSAN3), o setor de agronegócios ocupa última posição na composição do Ibovespa. De acordo com as projeções da analista Renata Cabral, o setor deve apresentar uma variação de -0,08% em seu peso, passado de 0,82% para 0,74%. Ação pertencente ao Ibovespa: Cosan (CSAN3).