Editora de Finanças
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 18h14.
Última atualização em 2 de outubro de 2024 às 18h20.
O Santander elevou a recomendação de Bradesco (BBDC4) de neutra para compra e definiu um preço-alvo de R$ 19. Nesta quarta-feira, 2, as ações do banco fecharam em alta de 3,72% na bolsa, sendo cotadas por R$ 15,22 cada, nos destaques entre os pares do setor bancário um dia positivo para a bolsa brasileira.
Os analistas do banco apostam em um retorno sobre patrimônio (ROE) de 15% em meados de 2025 e um ROE de 17% na perpetuidade. "Ainda que continuemos acreditando que a era de ROE de 20% do Bradesco ficou para trás, os trimestres recentes indicam que a atual estrutura pode entregar um ROE de 15% em meados de 2025."
O possível aumento de 200 bps no ROE virá com a implementação do plano estratégico do Bradesco, quando a redução de custos se tornará mais relevante em 2026.
A principal razão para o Santander acreditar na recuperação do Bradesco é que o core business de empréstimos tem impulsionado a expansão de receita, resultando em melhoras sequenciais no ROE em termos trimestrais.
“Nós vemos o NII do cliente crescer 15% ano contra ano em 2025, com o Bradesco agindo de forma mais agressiva e com risco de crédito controlado/baixo (até agora, em empréstimos pessoais de baixa renda e empréstimos corporativos médios-altos), resultando potencialmente em um crescimento de lucro por ação de 25% em relação ao ano anterior para 2025. Então, de 2026 em diante, vemos um crescimento contínuo."
JP Morgan rebaixa ações do MELI por 'pressões de curto prazo'; ação cai 5% A expectativa de aumento do lucro e melhoria no ROE são vistas como grandes catalisadores para as ações do Bradesco, com um impacto positivo nos resultados futuros.O relatório aponta ainda que de acordo com os dados do Bradesco, um aumento de 100 pontos base na taxa Selic poderia impactar negativamente o banco em cerca de R$ 1,1 bilhão. No entanto, essa estimativa é para um aumento totalmente inesperado e por um período de um ano. "O Bradesco acredita que o impacto real pode não ser tão relevante", diz o Santander.