SANTANDER: banco fará oferta de ações com a venda de parte dos papéis pela Qatar Holding / Itaci Batista/Estadão Conteúdo
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2017 às 18h55.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.
Bolsa: quinta alta
O Ibovespa fechou em sua quinta alta consecutiva nesta terça-feira com as notícias corporativas dominando as negociações. O índice subiu 0,52% nesta terça, acumulando 2,6% nos últimos cinco dias. As ações da mineradora Vale voltaram a fechar em alta após a notícia de que Fabio Schvartsman, atualmente no comando da Klabin, será o novo presidente da companhia. Os papéis ordinários da Vale subiram 1%; e os preferenciais, 1,8%. As ações da fabricante de papel e celulose Klabin também tiveram alta, de 4,5%.
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CSN não entrega balanço
A siderúrgica CSN não conseguiu entregar seu balanço de 2016 no prazo legal estipulado pela Comissão de Valores Mobiliários. Nesta terça-feira as ações da companhia caíram 4,5%. Isso acontece por causa de uma revisão no tratamento contábil acertado na operação anunciada pela empresa em 30 de novembro de 2015, quando a CSN concluiu o acordo com seus sócios asiáticos na mineradora Namisa, encerrando uma pendência que se arrastava há pelo menos dois anos. Em números não auditados, a companhia divulgou uma receita de 17,15 bilhões de reais em 2016 — alta de 12,4% na comparação com 2015. Já a geração de caixa teve alta de 25,3% ante o ano anterior, de 4 bilhões de reais.
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Santander: venda de ações
As units do banco Santander despencaram 7,3% nesta terça-feira após o banco anunciar uma oferta pública secundária de até 92 milhões de units. A oferta acontecerá para a venda de parte das ações da Qatar Holding, que tem 5,5% do capital do banco. O preço por unit será fixado após a conclusão do processo de coleta de intenções de investimento e será determinado com base nas indicações de interesse em função da qualidade e da quantidade da demanda (por volume e preço) e na cotação das units representativas de ações ordinárias e de ações preferenciais. A Qatar Investment Authority (QIA), fundo soberano do Catar, informou que planeja vender 40% de sua posição no Santander Brasil, mas ainda será o segundo maior acionista do banco. “A transação faz parte das atividades rotineiras de gestão de portfólio adotadas pela QIA de tempos em tempos”, afirmou o fundo.
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Lucro da Caixa cai
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira que lucrou 4,1 bilhões de reais em 2016, queda de 42% em relação a 2015. No quarto trimestre do ano, o lucro cresceu 11% na comparação com 2015, para 691 milhões de reais. A margem financeira foi de 11,8 bilhões de reais, queda de 1% na comparação com o trimestre anterior, mas alta de 5,8% ante o quarto trimestre de 2015. A carteira de crédito do banco avançou 1,4% no quarto trimestre em comparação com o trimestre anterior, somando 709,3 bilhões de reais. Em teleconferência de resultados, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, afirmou que o banco não conta com a venda de ativos neste ano nem com aportes de dinheiro do governo para cumprir as regras de Basileia 3. “Nós não estamos falando sobre IPO, não falamos mais sobre isso. Vamos aguardar o melhor momento. Estamos tranquilos e não faz parte da estrutura de capital no ano de 2017 qualquer venda de ativos”, disse.
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Eletrobras decepciona
As ações ordinárias da estatal de energia Eletrobras caíram 3,8%, e as preferenciais, 1,3%, após a companhia divulgar um resultado que foi considerado fraco pelo mercado. A estatal teve um prejuízo de 6,2 bilhões de reais no quarto trimestre de 2016, 39% menor do que as perdas no mesmo período de 2016. No ano, a Eletrobras lucrou 3,4 bilhões de reais — o primeiro resultado positivo após quatro anos seguidos de prejuízos. A receita totalizou 60,7 bilhões de reais em 2016, uma alta de 86% na comparação com 2015. A Eletrobras informou que o principal impacto positivo no lucro no ano de 2016 foi o reconhecimento contábil referente à indenização de investimentos feitos e não depreciados em ativos antigos de transmissão — cuja concessão foi renovada pela Medida Provisória 579/2012.
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As enroladas distribuidoras
As subsidiárias de distribuição de energia da Eletrobras, da qual a companhia pretende se desfazer neste ano, fecharam 2016 com prejuízo de 6,63 bilhões de reais — uma perda 28,3% superior à registrada no ano anterior. O resultado é ainda pior se for desconsiderada a Celg D, que foi privatizada e adquirida pela italiana Enel no fim do ano passado. A empresa foi a única das distribuidoras a ter lucro em 2016, de 60 milhões de reais. O pior resultado foi da Amazonas Distribuição, que teve um prejuízo de 4,6 bilhões de reais.
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PPI recua
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve em fevereiro a primeira deflação desde agosto do ano passado, com queda nos preços de todas as categorias. O IPP recuou 0,43% em fevereiro, após alta de 0,30% no mês anterior. As categorias com maior deflação são: bens de consumo (queda de 0,36%) e bens de consumo (recuo de 0,36%).
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Correção na conta de luz
A conta de luz do consumidor em todo o país vai cair até 20% em abril, por causa da devolução de uma cobrança indevida de energia atrelada à usina nuclear Angra 3. A decisão foi anunciada nesta terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica e atinge todas as distribuidoras de energia, com exceção de três empresas: a Sulgipe, a Companhia Energética de Roraima e a Boa Vista Energia. A queda varia em cada uma das distribuidoras por causa dos diferentes prazos de cobrança da energia de Angra 3. A usina termonuclear está em construção no Rio de Janeiro e só deverá ficar pronta após 2019, mas acabou entrando irregularmente nas cobranças de conta de luz. Os valores que serão devolvidos chegam a cerca de 1 bilhão de reais e foram devidamente corrigidos pela taxa Selic dos períodos cobrados.
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Carlucci na Arezzo
A varejista de calçados Arezzo indicou o executivo Alessandro Giuseppe Carlucci para a presidência do conselho de administração da companhia, no lugar de Anderson Lemos Birman, um dos sócios fundadores da empresa. A entrada de Carlucci será votada na assembleia-geral marcada para 28 de abril. O executivo comandou, por mais de uma década, a varejista de cosméticos Natura, de onde saiu em 2014. A Arezzo reduziu de dez para sete o número de membros indicados ao conselho de administração para o próximo mandato.