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Santander tem lucro abaixo do esperado, mas ações avançam

Filial brasileira do banco espanhol teve lucro líquido de 537 milhões de reais entre julho e setembro


	Interior de agência do Santander: banco fechou setembro com carteira de crédito total de R$ 234,5 bilhões
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Interior de agência do Santander: banco fechou setembro com carteira de crédito total de R$ 234,5 bilhões (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 15h23.

São Paulo - O banco Santander Brasil teve alta de 8 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, resultado abaixo do esperado pelo mercado, mas suficiente para impulsionar as ações nesta terça-feira.

A filial brasileira do banco espanhol teve lucro líquido de 537 milhões de reais entre julho e setembro, ante 497 milhões de reais um ano antes. Analistas, em média, esperavam lucro de 618 milhões de reais, segundo média de quatro previsões.

Em termos recorrentes, o lucro do banco subiu 4 por cento para 1,464 bilhão de reais ante 1,407 bilhão de reais registrado no terceiro trimestre do ano passado.

Às 15h52, as units do Santander subiam 7,73 por cento, a 13,24 reais. No mesmo instante, o Ibovespa operava praticamente estável, com variação negativa de 0,02 por cento.

O maior banco privado do país, o Itaú Unibanco, divulgou também nesta terça-feira lucro de 5,404 bilhões de reais para o trimestre, salto de 35 por cento na comparação anual.

Já o lucro líquido do Bradesco subiu 6,4 por cento para de 3,875 bilhões de reais na mesma comparação, de acordo com dados divulgados na semana passada.

O Santander Brasil fechou setembro com carteira de crédito total de 234,5 bilhões de reais, crescimento de 5,6 por cento em doze meses e 3,6 por cento no trimestre.

Segundo o presidente da instituição, Jesús Zabalza, o forte crescimento da carteira de crédito na comparação trimestral deve se estender para os próximos trimestres, com ênfase no crédito para pequena e média empresas e para o setor automotivo.

A inadimplência no banco medida pelo índice de operações vencidas há mais de 90 dias caiu de 4,1 por cento no segundo trimestre para 3,7 por cento nos três meses encerrados em setembro. Um ano antes, a taxa de calotes era de 4,5 por cento.

"Esse nível deve ficar estável nos próximos trimestres", disse Zabalza em teleconferência com jornalistas.

O banco teve margem financeira bruta de 6,98 bilhões de reais no terceiro trimestre, queda de 7,2 por cento ante os 7,521 bilhões de reais no mesmo período de 2013. A receita com prestação de serviços e tarifas subiu 5,8 por cento ante um ano antes para 2,765 bilhões de reais.

O Santander Brasil teve retorno sobre patrimônio líquido médio excluindo ágio de aquisições de 11,6 por cento no período ante 10,6 por cento divulgado no mesmo período do ano passado.

Permuta

Zabalza disse que o Santander Brasil manterá a atual estrutura de governança no país, com três membros independentes no conselho de administração, após a resultado da oferta de permuta de units por recibos de ações do controlador espanhol, na semana passada.

Como resultado da operação, o Grupo Santander passou a deter 88,3 por cento das ações do Santander Brasil, que terá apenas 10 por cento de suas ações em circulação.

No terceiro trimestre, a unidade brasileira representou 20 por cento do lucro mundial do grupo, equivalente a 1,6 bilhão de euros no período.

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