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Saída de estrangeiros da B3 em maio já supera a de todo o mês de abril

Investidores internacionais retiraram mais dinheiro da bolsa desde abril do que entre 2018 e 2019

Egresso de estrangeiros foi de R$ 7,877 bi nos primeiros quatro pregões de maio (RapidEye/Getty Images)

Egresso de estrangeiros foi de R$ 7,877 bi nos primeiros quatro pregões de maio (RapidEye/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de maio de 2022 às 15h52.

Última atualização em 9 de maio de 2022 às 16h49.

Investidores estrangeiros retiraram R$ 7,877 bilhões da bolsa brasileira nos quatro primeiros pregões de maio, segundo dados da B3. O volume é maior que toda a saída de capital externo em abril, quando o saldo ficou negativo em R$ 7,677 bilhões.

Considerando a retirada de capital desde o início de abril, o saldo negativo de R$ 15,56 bilhões supera toda a fuga de R$ 11,2 bilhões entre 2018 e 2019.

O egresso de estrangeiros da bolsa brasileira coincidiu com a apreciação do dólar no país. No mesmo período, a moeda americana saiu de R$ 4,943 para R$ 5,016. Somente na quinta-feira, 6, quando o dólar subiu 2,3%, a saída de capital externo da bolsa foi de R$ 2,21 bilhões.

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Dados do último pregão da semana, que serão divulgados nesta terça-feira, 10, devem relevar uma evasão ainda maior de estrangeiros na primeira semana de maio. Isso porque na sexta-feira, 6, tamanha demanda por dólar levou a moeda americana à máxima desde o início de março, chegando a ser negociada acima de R$ 5,10.

O cenário contrasta com a entrada de R$ 68,3 bilhões de investidores internacionais no primeiro trimestre. Mas a expectativa crescente é de que o melhor momento tenha ficado para trás.

Perspectivas de aperto monetário mais duro nos Estados Unidos, temores sobre desaceleração econômica e resfriamento dos preços de commodities têm afetado diretamente a percepção de risco sobre o mercado local.

Sem os estrangeiros, o Ibovespa caiu 10,10% em abril e as perdas já estão próximas de 4% nesses primeiros dias de maio. Ainda que o saldo de capital externo esteja positivo no ano em R$ 52,8  bilhões, o principal índice da B3 já zerou os ganhos do primeiro trimestre, passando a acumular queda no ano.

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