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Sabesp e OGX avançam, enquanto JBS tem nova queda

Investidores repercutem as declarações do presidente do BC, além das tensões na Zona do Euro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 16h31.

São Paulo – O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, segue com forte volatilidade nesta semana. A bolsa, que na máxima do dia subiu 1,2%, operava há instantes em baixa de 0,8%, aos 62.346 pontos. Na semana, o índice está em queda de 1,4%.

Investidores repercutem as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Em teleconferência com jornalistas, ele sinalizou esperar que a inflação siga pressionada no médio prazo, ao prever que o pico deve ser atingido em agosto.

Os mercados também acompanham os desdobramentos da crise de dívida europeia. Especula-se que a principal opção considerada para a Grécia é um acordo voluntário de investidores para manter os bônus gregos durante o período de um novo programa da União Europeia e do FMI, de 2011 a 2014, especula-se.

O processo de escolha do novo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional também atrai atenções, após a renúncia de Dominique Strauss-Kahn. A chanceler alemã Angela Merkel disse ter estima pela ministra das Finanças da França Christine Lagarde, mas que nenhuma decisão foi tomada sobre sucessão.

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Sabesp

As ações da Sabesp (SBSP3) se destacam neste pregão e assumem a ponta positiva do Ibovespa. Na máxima do dia, os papéis ordinários da empresa subiram 2,8%, cotados a 48,71 reais. Após o anúncio da metodologia e da taxa que será aplicada à revisão tarifária da Sabesp a partir de setembro de 2012, o Itaú BBA elevou o preço-alvo das ações da companhia.

A revisão do Itaú BBA ocorre após a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) ter fixado taxa do custo médio ponderado do capital (WACC, na sigla em inglês) em 8,06% em termos reais, ficando ligeiramente acima dos 7,75% estimados pelos analistas. A taxa tem como data de referência o mês de fevereiro deste ano, mas entra em vigor apenas em setembro de 2012.

OGX

Com alta próxima dos 7% na semana, a OGX (OGXP3) estende os ganhos verificados nos últimos pregões. A petrolífera controlada pelo bilionário Eike Batista, tem planos de fazer sua primeira captação externa por meio da venda de títulos de sete anos denominados em dólares, segundo uma pessoa familiarizada com a operação.

A empresa contratou o Credit Suisse, HSBC, Itaú Unibanco e JPMorgan para coordenar a captação, segundo a Bloomberg. Refletindo positivamente a notícia, as ações chegaram a subir 3,5% na máxima do dia, valendo 15,43 reais.

JBS

Amargando mais um dia de perdas, as ações do JBS (JBSS3) chegaram a cair 4,2% ao longo do dia. Na semana, a desvalorização chega a 5,5%. O maior frigorífico do mundo teve sua recomendação reduzida de neutra para desempenho abaixo da média de mercado (underperform) pelos analistas do Bank of America Merrill Lynch.

De acordo com o relatório, o corte na recomendação veio depois que a empresa anunciou ontem que irá converter dívida em ações, em uma colocação privada que dará ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social uma participação de 31% na empresa.

O JBS convocou seus acionistas para uma assembleia geral extraordinária (AGE) a ser realizada em 3 de junho, às 9 horas, sobre a dispensa ao acionista BNDESPar da obrigação de efetivar uma oferta pública de aquisição de ações para compra da totalidade dos papéis de emissão da companhia. O aval de acionistas vai viabilizar o aumento do capital da JBS no montante de até 3,479 bilhões de reais, mediante a emissão privada de ações ordinárias, pelo preço de 7,04 reais por ação, aprovado pelo conselho de administração.

Cielo

As ações ordinárias da Cielo (CIEL3) também oferecem ganhos neste pregão. Investidores repercutem a notícia de que a Caixa Econômica Federal está negociando a compra de participação na empresa de cartões, com objetivo de ter pelo menos 10% do capital total.

“É mais ou menos a participação necessária para poder ter uma cadeira no Conselho de Administração", afirmou uma fonte à Reuters, sob condição de anonimato. Atualmente, a fatia da Caixa na Cielo é de pouco mais de 1%.

A compra de participação adicional seria feita por meio da Caixapar, o braço de participações da Caixa. O controle da credenciadora de lojas para recebimento de cartões de débito e de crédito hoje é dividido entre Bradesco e Banco do Brasil, cada um com 28,65 por cento das ações da companhia. As ações subiram 3% na máxima do dia.

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