Standard & Poor's: o rating de crédito de curto prazo do país foi reafirmado em A1+ (AFP/ Emmanuel Dunand)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2014 às 15h56.
Nova York - A Standard & Poor's reafirmou o rating de crédito de longo prazo dos EUA em AA+ e o rating de crédito de curto prazo do país em A1+.
A perspectiva dos ratings é estável. Os ratings dos EUA são não solicitados.
Segundo a S&P, "os ratings de crédito soberano dos EUA são apoiados pela resiliência e diversidade de sua economia, seu vigor institucional, a flexibilidade extensiva de sua política econômica (inclusive sua gestão durante a crise financeira global de 2008/09, particularmente sua política monetária inovadora) e seu status único de emissor da principal moeda de reserva do mundo. Um grau mais alto de intransigência política nos últimos anos, que complica o processo de tomada de decisões políticas, resultando em uma capacidade bastante enfraquecida para implementar reformas, restringe os ratings. A carga da dívida geral do governo duplicou desde 2007. Embora ela esteja projetada para se manter estável ao longo dos próximos anos, nós, junto com muitos outros observadores, esperamos que a carga da dívida geral do governo cresça até o fim da década, na ausência de medidas para levantar receita adicional e/ou cortar os gastos não discricionários".
A agência observa que "com um PIB per capita de US$ 54.750 em 2014, os EUA estão em 14º lugar entre os 129 emissores soberanos que a S&P classifica em termos de nível de renda" e que o potencial de crescimento no longo prazo declinou e "é provável que esteja mais perto de 2% do que de 2,5%, refletindo uma população em envelhecimento (o que contribui para uma participação na força de trabalho no nível mais baixo em 36 anos) e ganhos de produtividade diminuídos na última década, em comparação com a média do pós-guerra".
A S&P também diz que "o rating AA+ já incorpora, em nossa opinião, a capacidade menor dos dirigentes eleitos dos EUA para reagir de maneira rápida e eficaz a pressões sobre as finanças públicas no prazo mais longo, em comparação com dirigentes de alguns soberanos com ratings mais altos, o que inclui a perspectiva de debates divisivos e repetidos sobre a elevação do teto da dívida".
A perspectiva estável "incorpora nossa opinião de que há uma probabilidade menor do que 1/3 de que mudaremos os ratings ao longo dos próximos dois anos".
Fonte: Dow Jones Newswires.