Iguatemi: apesar da desaceleração da economia, as perspectivas de vendas no varejo positivas (Daniela Toviansky/VEJA SP)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2013 às 14h48.
São Paulo - A agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou os ratings da Iguatemi (IGTA3) de brAA para brAA+, com perspectiva estável.
Segundo o relatório assinado por Rafaela Vitória, a elevação dos ratings reflete o fortalecimento da geração de caixa da empresa seguindo seu crescimento com a inauguração de novos shoppings que já contribuem com a geração de receita.
“A manutenção de uma posição de liquidez forte, reforçada pela recente emissão de ações de cerca de 432 milhões de reais, também contribuiu para a elevação dos ratings”, diz o texto.
A analista espera que a Iguatemi mantenha uma posição de liquidez forte, com reservas de caixa e geração de caixa suficientes para suportar seus investimentos em expansão e o pagamento de dividendos, ao mesmo tempo em que gradualmente reduz a alavancagem.
Segundo a agência, a estratégia agressiva de crescimento da empresa tem pressionado sua alavancagem, mas métricas de crédito devem gradualmente se fortalecer à medida que a empresa avança na abertura de novos shoppings.
Perspectivas
A Iguatemi deve continuar se beneficiando dos bons fundamentos da demanda para a sua carteira de 13 shopping centers, composta por algumas das propriedades de maior valor e alta rentabilidade no país.
A analista ressalta que apesar da desaceleração da economia, as perspectivas de vendas no varejo seguem relativamente positivas e que a empresa deve continuar a obter reajustes acima da inflação para os aluguéis, o que deve contribuir para um sólido crescimento de suas receitas.
Nas projeções para 2013, a agência espera que a alavancagem financeira da empresa ainda se mantenha elevada, com a relação entre a dívida bruta ajustada e EBITDA entre 4,5 vezes e 5 vezes, como consequência da recente emissão de debêntures de longo prazo para financiar os investimentos nos novos projetos.
“No entanto, com a maturação dos novos shoppings, esperamos que as metas de crédito apresentem melhora nos próximos meses, à medida que os novos empreendimentos passem a contribuir com maior geração de caixa”, explica Rafaela.