Merlhor rating para companhia de educação: segundo S&P, empresa tem aumentado sua base de alunos de forma orgânica e inorgânica, elevando sua geração de fluxo de caixa operacional (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2013 às 18h48.
São Paulo - A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) elevou o rating de crédito corporativo da companhia de educação Estácio Participações de 'brA+' para 'brAA-'. A perspectiva é estável, aponta o informe da S&P distribuído nesta sexta-feira, 19.
De acordo com a agência de rating, a elevação "reflete consistente melhora no desempenho operacional" da Estácio. A S&P ainda destaca que a empresa reduziu métricas de alavancagem e tem liquidez mais forte. "A empresa tem aumentado sua base de alunos de forma orgânica e inorgânica, elevando sua geração de fluxo de caixa operacional ao mesmo tempo em que melhora gradualmente sua eficiência operacional, mediante economias de escala com a implementação de processos acadêmicos padronizados e redução de custos fixos à medida que amplia o número médio de alunos por campus", diz em comunicado.
A S&P considera que o perfil de risco financeiro da Estácio é "significativo", uma vez que considera que a companhia deve seguir métricas pouco alavancadas e continuar sua estratégia de expandir as operações organicamente e por meio de aquisições. A agência espera que a Estácio apresente índice de dívida ajustada por aluguéis sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) abaixo de três vezes em 2013 e mais próximo a duas vezes em 2014. "Esperamos que o crescimento seja financiado principalmente com geração interna de fluxo de caixa", acrescenta.
A perspectiva estável do rating de crédito corporativo, afirma a agência, reflete expectativa de que a estratégia de crescimento da Estácio "será adequadamente financiada por sua posição de caixa e por sua forte geração de fluxo de caixa operacional".
Os ratings poderiam ser rebaixados, segundo a S&P, caso um plano de crescimento mais agressivo pressionasse a liquidez da empresa e enfraquecesse suas métricas de crédito, aumentando a dívida total ajustada sobre Ebitda para patamares consistentemente acima de quatro vezes. Já a elevação nos ratings é improvável no curto prazo, segundo a agência, pois é preciso acompanhar a performance operacional e financeira da empresa enquanto implementa sua estratégia de crescimento.